sexta-feira, 27 de março de 2009

Inclusive, eu tive lá e não te vi lá

O circo continua! Talvez só tenha mudado de nome. A rua Augusta sempre diz alguma coisa no meio da madrugada, basta só abrir os olhos. Duas da manhã, horário certo para o show começar. Na pista, a sede de dominá-la. Ganjaman dava a canja. DJ bom é outro papo. O grau já tinha vindo, até porque Echo Sound System entraria no palco, e o reggae, dub, ragga explodiria nos ouvidos até de quem quisesse dormir em sua cama quentinha em algum lugar perto da Augusta. Microfone, luz. A polícia está lá fora e a prefeitura está lacrando a casa!!!! Poxa! Mas que horário digno para se lacrar algo!!!! Convide os nossos amigos da PM para relaxarem ao som de um reggae. Chamem nossos colegas da prefeitura, que provavelmente já estão no décimo terceiro sono, para conhecerem o ECHO SOUND SYSTEM! Nada feito. Todo mundo pra fora! Paguem só o que consumiram. Polícia invade. Lá fora um ar, polícia querendo bancar pressão e no fundo, atrás deles, a luz vermelha do puteiro ilumina a night. Só lacra esse aqui hein campeão, aquele ali na frente, nem pensar!
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Enquanto isso nos bastidores...
- Ei me cago en tus muertos!!!!!!

Tradução Ortiz Português:

- "Filho da Puta, vai tomar no meio do seu cú, você, toda a sua geração, inclusive os que já morreram"

quinta-feira, 26 de março de 2009

Aos criticos de plantão...

No meio de tanta crise financeira, percebi que fomos invadidos e dominados por 300 milhões de tipos de crises. Acredito até que cada um deve ter adquirido uma crise pessoal em alguma liquidação no ano passado. Se quase todo mundo tem uma crise, please, não a divida comigo. Não direi aqui o que é certo ou errado para fazer nessa vida, até porque, Deus nunca me avisou e nem me deu dicas. Mas comigo é assim, ele não fala e nem dá sinais. Só me tira do abismo quando vê que estou bem perto da queda. Parei de falar até o necessário, porque depois só sobra o resto. E de resto eu não vivo. Essa história que tudo está em crise e de crise nada surge, pensem então no MoMa (Museu de Arte Moderna de Nova York), surgiu em plena crise de 1929. Talvez para você seja um exemplo pequeno, mas se compará-lo as suas críticas, verá que seu mundo é que está pequeno. Não, pra que acreditar que existe sim um problema? Melhor é fechar os olhos e fingir que está tudo bem, ameniza! E diante de tantas críticas, tantas reclamações e tanto desgosto pela vida, resumo tudo o que eu queria dizer com um vídeo de um moleque de 20 anos que baseia sua vida numa frase de Albert Einstein: “Diante de toda dificuldade há uma oportunidade”.

Mais?


sexta-feira, 20 de março de 2009

Quando você olhar a lua, você vai lembrar de mim!

Não me pergunte o motivo exato. Até hoje procuro saber e continuo sem saber. Existem até algumas explicações astronômicas. Mas acho que esse amor vem desde quando eu era pequena. Eu tinha a plena certeza aos quatro anos de idade, que a Lua me seguia. Eu estava de pijama dentro do carro indo para Vinhedo e achava fabuloso ver que mesmo indo tão longe, a Lua continuava ali no mesmo lugar no céu. Minha mãe, geógrafa, explicava que a Lua não me seguia, ela até se mexia, mas dava voltas no planeta Terra. Mas mesmo assim, eu preferia acreditar que ela me seguia e ficava com os olhos bem abertos grudados na janela, admirando aquela bola branca fosforescente no meio daquela imensidão preta. Depois de algum tempo, mais crescida, minha mãe nunca tinha conseguido ver o coelho na Lua. Até o dia em que estávamos indo para Bélgica. Abro a janelinha do avião e qual é o meu maior presente? A lua gorda e cheia bem do meu lado. Dava até pra desenhar o coelho. Naquele dia, minha mãe e meu pai deixaram de pensar que eu era tão maluca assim. Eles viram o coelho. Depois de umas semanas, estávamos na Calábria, Itália - terra da minha mãe - e descobrimos mais uma magia da Lua. Admirávamos a lua decrescente. E nossos primos italianos riam e falavam: crescente!!! E nós: imaginaaaa, está formando um D, por isso ela está decrescente. Depois de muitas analises, percebemos que o hemisfério norte vê a lua na posição oposta do hemisfério sul.

Essas são algumas explicações físicas de minha paixão pela Lua. Existem as abstratas que são super concretas. Quantas vezes deixei de andar, sentei e desencanei de meus compromissos, só para admirá-la em Barcelona? Quantos espanhóis me chamaram de maluca por ver o coelho? Quantas vezes deixei pessoas falando sozinha, porque eu dava mais atenção ao vê-la percorrendo o céu do MACBA? Keke também não via o coelho. Viu na minha última Lua cheia de Barcelona. Naquele fenômeno maluco, no qual a Lua estava bem no meio do céu e em sua volta tinha arcos brancos! Outro dia, um deles me falou que não via nada demais na Lua. Com a tamanha provocação, confesso, não resisti. E foi bem nesse dia, que a vi sorrindo para mim no meio de uma madrugada. Uma noite acabou a luz da cidade de Jeri. Advinha quem nos salvou? A lua cheia iluminou aquela vila de pescadores até o sol acordar. E depois de muito tempo, descobri que minha lua é em Áries. E isso fez todo sentido. Mas não se assuste, se por um acaso você olhar a Lua e lembrar de mim...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Adormecido

Tentei procurar o que
Ninguém encontrou.
Espalhei fotos por toda cidade,
Jurei até recompensa...

Mas parece que você soube desaparecer!

Aquele dia depois do entardecer,
Eu ainda pensava que ia te esquecer.

Não sei se fui cega demais
Ou se mesmo fui surda a mais.

Deveríamos ser cegos de vez em quando,
Poderíamos ser surdos de repente,
Acreditaríamos mais em todas as mentes.

Por que mentes?
Por que tu mentes?

Seria aconselhável
Se fossemos mudo em alguns instantes.,

Mas se depender das circunstâncias,
Eu ficarei na estante
Como um livro qualquer,
Admirado por pessoas
E não por leitores...

Eu tentei encontrar o que
Ninguém procurou.
Espalhei cartazes por toda cidade
Jurei até, recompensa maior...

Mas a recompensa é só minha
Por ter demorado tanto tempo
Para descobrir que o meu amor
Por você, adormeceu
.

Mari 12/03/02

Graffiti Fine Art no MUBE


sexta-feira, 6 de março de 2009

Eu, a Cartola e o Coelho!

Temos aqui de fato três personagens num cenário amarelo. Mas, se o amarelo cansar sua vista, não desista. Concentre-se apenas na cartola, no coelho e em mim. Estou sentada no chão com as pernas esticadas; ao meu lado está a cartola de cabeça para baixo e o coelho está sentado em sua borda. Suas patas balançam insuportavelmente como se fosse um pêndulo. O coelho está irritado. Ele me olha, tira um kitkat do bolso, morde e pula dentro da cartola. Ele não é um personagem principal. Na verdade, ele só aparece para me dizer coisas que nem ele mesmo gostaria de contar. Já a cartola tem um papel fundamental, ela é a minha nova paixão.

Há tempos eu repetia uma frase - talvez ela só faça sentido se você estiver no mesmo degrau - a vida é linda, simples e curta. Mas de uns tempos pra cá, percebi que a minha vida é uma cartola, cheia de surpresas. Parece até uma mágica. Dizem por ai, que são as sementes que plantei no ano passado, ou mesmo, na minha vida inteira. É a colheita. Uma vida que só te surpreende a cada dia que passa. A noite fica mais linda, a lua brilha mais, o calor finalmente chegou e o vento espalha pela cidade um verão tardio. Fora isso, você encontra pessoas da mesma vibe em cenários distantes, torna-se amigos de pessoas nunca vistas, orgulha-se mais ainda de seus verdadeiros amigos e quando você acha que não existem mais surpresas, recebe a notícia que ela ta chegando para passar um bom tempo. E mesmo assim, você já olha para a cartola com um sorriso maior que seu próprio corpo e ela te responde com um momento que aquela lá, tão especial, conseguiu te mostrar o seu novo amor, seu filho de cinco meses. Nesses ventos, você tem a plena certeza de uma coisa: basta apenas você querer abrir seus próprios olhos e ver que há sim um “desencontro, veja por esse ponto, há tantas pessoas especiais”. E ai chove, mas chove colorido, porque a vida meu bem, não é em preto e branco. Seja bem vindo ao país do sonho! E desfrute sempre o vento que vem do deserto, bem ali, onde vivem las pistoleras; e entenda que os cactos, ah os cactos! Eles te ensinam tantas coisas. Veja só, floresce apenas uma vez por ano; tenha, por favor, a santa paciência.

Ultimamente, estou num jogo com a cartola. A gente disputa para ver quem traz mais surpresa. E um ultimo exemplo quando falamos do vento: Outra noite, juntaram cinco pessoas dispostas a dominar a pista. Uma delas antes mesmo de entrar, desistiu. Sem xingamentos, ele partiu e nunca mais voltou. No ar as frases: Essa noite nunca mais irá se repetir! / Ele foi embora e isso era único!! Não precisou de xingamentos. O vento virou personagem principal, levou as frases e a vibe da pista totalmente dominada para os ouvidos daquele homem. Tim errou. Ele partiu, mas depois de 1 hora, ele estava no meio da pista.

Surpresas acontecem, pelo menos é isso que a cartola apresenta. Mas e o coelho? O coelho fica de boa, curtindo o escuro colorido. Mas é quando ele precisa sair da cartola para dizer o que nem ele mesmo gostaria de ouvir, ele fica assim: sentado na borda da cartola com suas patas balançando insuportávelmente como se fosse um pêndulo. O coelho está totalmente irritado. Mas não desista! Esqueça do cenário amarelo. Esqueça também do coelho. Fixe seus olhos apenas na cartola! E acredite que eu só estou ali, narrando essa história, tipo Maridiz!

terça-feira, 3 de março de 2009

Sim!! Me apaixonei por esses elefantes!!!


Esse grafite pertence ao Andrea Brandani. Mais conhecido como "O homem elefante", o grafiteiro carioca espalha seus elefantes pela cidade. Além disso, ele também faz esculturas em troncos de árvores mortas no bairro de Ipanema.
Mais?

segunda-feira, 2 de março de 2009

Vagantes da Vida

Prestem atenção!!!

Eu nunca pedi para me considerarem uma obra de arte,
Até mesmo porque nunca me considerei.
Eu jamais quis representar a modernidade,
Até mesmo porque jamais representei.

Então não me olhe deste jeito!!
E muito menos me culpe por ser tão ingênua.
Se não acredita, o que posso fazer?

Eu não sou nada mais do que uma “vagante” por ai.
Vago sem rumo, vago sem hora.
E se não gosta de vagar comigo,
Sinto muito, vagarei sozinha...

Se necessito de tua companhia?
Necessitar é demais para mim.
Quem sabe um dia sentirei tua falta
E matarei ela sem você saber.

Sim, é assim!
As regras não existem mais.
Os sonhos tiveram seu fim.

Seria cômodo demais, avisar-lhe que a culpa não é minha.
Insisto em lhe dizer que foi você ingênuo demais
Que não soube decifrar nenhuma palavra dita por mim.

E o que posso esperar de um não vagante?
Não posso esperar nada...
Porque um não vagante não guarda o conteúdo da vida.
Porque um não vagante não aprendeu os pequenos valores.
Porque um não vagante recita palavras que não esperamos escutar.

Meus versos estão presente na modernidade.
As minhas estrofes completam a minha obra de arte.

É essa a diferença!!

Mari 20/10/02