terça-feira, 30 de novembro de 2010

Por isso esqueça de tudo.

Esqueça.
De tudo.
Até daquilo que um dia eu sonhei ao seu lado.

O que eu quero que saiba,
é que ontem a noite eu lembrei de você.
E sei que lembrou de mim.
Porque eu senti e acordei no meio da noite,
olhei pela janela e vi a lua olhando pra mim.

Então volte ao passado, porque hoje não falo de ontem.
Falo de anos.
E lembrei do que a senhora do mar me contou.
Por isso,
esqueça.
de tudo.

E assim com o esquecimento, não acordarei mais de noite.
Porque ouvi o seu grito,
vi você levantando da cama e abrindo a janela.

Mas a vista já não é a mesma, né?
Por isso mesmo não tem o que imaginar.
Não lembre, não imagine, não sinta saudade.

Porque a saudade nesse caso não existe.
Eu a matei uns tempos atrás.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Flores, tintas e respeito

Recebeu as flores que te mandei?
Com elas mandei todo meu amor e carinho.

Eu sei.
Não precisa dizer nada.
Mas saiba que isso é consenquência de suas atitudes.
Eu deixei tudo na sua mão, lembra?

E você, o que fez mesmo?

Eu achei uma versão sua melhorada.
Daquelas que te deixa sem ar no pulmão,
e o coração apertado quando recebe um sorriso.

Não quero misturar as coisas.
Mas sem razão, misturei as tintas no muro.
E a mensagem agora, diz o que você ainda não sabe.
Que amor antes de ser arte, é respeito.

Preciso ainda te dizer mais alguma coisa?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um mundo diferente

É tudo muito estranho. Talvez seja mais fácil contar por aqui. Por sinal, faz tempo que não se fala de outra coisa a não ser do sentimento amor, de doçura, de tristezas, de becos sem saídas, de amores colecionados que só se referem aos homens. Escrever hoje isso daqui, me relembra momentos em que eu descobria coisas da vida em Barcelona e achava que deveria dividir por escrito nesse blog.


Acontece que algo está mudando. Acredito que seja para melhor. Talvez seja os 28 anos. Já me avisaram que é um ano de mudança forte e de compreensão. Me disseram também que pode ser Saturno dando mais volta ao redor do nosso planeta. De uns tempos p/ cá, aconteceram encontros, palavras e conhecimentos trocados intensamente. Coisas que foram colocadas em momentos certos e uma compreensão acompanhada de sentimentos de paz. Alguma coisa acontece. É fato.


O que eu quero dizer é que precisamos desaprender para aprender. É isso que vou tentar explicar. Depois de tantos momentos estranhos e que fazem todo o sentido, cheguei ao um lugar sagrado, conheci pessoas incríveis e reencontrei outras por um acaso.


Um lugar que só transmite paz, que te leva a pensar no seu interior e num coletivo, a nova era, que já é tão antiga. Um indio peruano inca. Parece mentira, eu sei, mas era fora do tempo, por sinal o tempo não existia. Enquanto pessoas decidiam a política do país, eu estava num ritual, pensando e discutindo o Planeta Terra. O que podemos fazer pela natureza? O que podemos fazer para nós mesmos? Como exigir mudanças num governo, num planeta, se a mudança tem que vir antes de você? Onde está a paz? O que vc realmente acredita? Quais são seus sonhos? Onde vc deposita a sua energia? O que vc faz por vc, pelos outros e pelo mundo?


Difícil explicar quando isso é tão novo, tão delicado, tão completo e tão renovador. Lembrei de muita gente, pedi muito por coisas simples e esquecidas. A responsabilidade e a consciêcia pela luta cheia de paz para um mundo melhor. Ideias, conceitos e sentimentos. Uma renovação para cada um, de modo diferente, num tempo necessário para cada um. Se alguém se preparava para uma grande mudança daqui 5 dias, teve na lata antecipado.


Pra quem quer saber, eu justifiquei meu volto. Não me culpo nem por um segundo. Existem coisas na vida, que prefiro ficar de fora, prefiro arregaçar as mangas da minha blusa e fazer com as próprias mãos. Não acredito no governo, não acredito em mentiras. Eu não quero compartilhar esse ódio que as pessoas estao transbordando para o mundo. PSDB e PT viraram times, onde as pessoas ficam se xingando porque um votou naquele partido e outro voltou no outro. Depois ficam se cobrando, culpando outras pessoas por a Dilma ter ganhado a eleição. Eu não quero fazer parte dessa coisa retrô. Sim, isso p/ mim é muito retrô. É não respeitar a opinião de cada um, é querer colocar a culpa do país em pessoas que decidiram votar num partido diferente do seu. É muito fácil colocar a culpa no outro, dificil é disponibilizar seu próprio tempo p/ tentar construir algo positivo criado pelas suas próprias mãos.


Penso num coletivo, formado pela união de pessoas que tentam de algum modo discutir coisas que tem alcance, que olham para o mundo com uma visão diferente, que tenham vontade de fazer e construir coisas que possam mudar o dia, a semana, o mês, ou até a vida de alguém.


Cada um na sua. Busco por tudo isso acima. Quem for contra, tudo bem, ainda estico minha mão e dou um abraço daqueles gostosos de dar e de receber.


O que o hermano indio falou diversas vezes nesses dois dias, é uma frase que faz todo o sentido quando lembro dela: desaprender para aprender.


Sejamos humildes e lembramos de tudo aquilo que sabemos na teoria, mas esquecemos de colocar em prática. Se quiser discutir política feita pelos governantes, prefiro não estar sentada na mesa, mas se quiser discutir ideias, projetos e sonhos que podemos nós mesmo fazer e colocar em prática, é só me chamar.


Voltei renovada, cheia de energia e com posturas diferentes. Queria agradecer mais uma vez a todos que estavam lá e principalmente para as pessoas que me levaram sem querer. Obrigada, porque vocês mudaram a minha vida em dois dias. Voltei para a cidade com uma paz que nunca senti, dividi esse momento com pessoas importantes na minha vida, consegui falar para elas tudo que eu queria de uma forma simples e linda. Encontrei quem eu quis e até pessoas que achei que nunca encontraria ontem. Ayala!