terça-feira, 1 de março de 2011

E você me falou....

Eu fechei a porta e você ficou do outro lado.

Não adianta bater,

Porque vou ficar quieta,

Fingir que não tem ninguém.


Podem gritar na rua,

Podem colocar faixas em frente de casa,

Podem inventar um monte de mentiras,

Podem contar todas as minhas verdades guardadas do baú.


Daqui ninguém me tira.

Fuçar no passado, não leva a lugar nenhum.

Se fosse bom, estaria aqui.


As noites passam,

E as palavras também,

Da boca pra fora,

Digo que não acredito,

Mas na noite seguinte,

Sozinha em minha cama,

Eu lembro,

Daquilo que ouvi.


Num ato de insanidade,

Querendo provar sei lá o que,

E muito menos pra quem,

Me atirei em braços,

Que prefiro nem lembrar.


E mesmo assim, eu lembro daquilo que ouvi.

E mato minha vontade, sem você saber,

Só para não me atirar de novo,

Nos braços de quem vou querer esquecer depois.


O tempo me distancia. E a tolerância também.

Não gosto de ninguém que queira ser meu dono.

Gosto daqueles que não querem ser.

Mas aí já é outra história.


E pra resumir, hoje eu lembrei daquilo que não ouvi.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quero saber de quem são esses braços que você não quer nem lembrar!
beijos
Tati

Mari disse...

braços de quem já esqueci! hehehe