sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lá do alto, as coisas são mais simples

Resta carinho, eu sei.

E isso não me causa nada, por incrível que pareça.

Previsível. Isso você sempre foi.

Posso aqui cantar a bola de como será o resto de seus dias.

Mas tenho coisas mais importante para fazer.

A questão é que depois de tudo, queria te agradecer.

E não vou justificar o por quê.

Você sabe.


Se pudesse, te levaria para a montanha mais alta do mundo e te deixaria ali sozinho durante 30 minutos olhando a vista e sentindo o vento gelado.


Deixaria você em puro silêncio, prestando atenção somente no som da natureza, e você repararia na vida que existe ali, na calma em que as coisas acontecem.


Talvez você entenderia que viemos dali, da natureza, e se viemos dali, como podemos modificar tanto a nossa vida, como conseguimos dar atenção a tantos problemas inexistentes.


E ai, numa breve e curta respiração, tenho certeza que você também prestaria atenção na sua respiração, coisa que nunca parou para sentir.


E depois de tudo isso, eu sei, como você também, que choraria, e muito.


Só depois de tudo isso, eu me aproximaria e te perguntaria: o que acha da sua vida?


Sei que me olharia durante cinco minutos e não conseguiria responder, ou então, preferiria não responder.


Depois íamos permanecer durante duas horas olhando ao nosso redor.


Eu levantaria e estenderia minha mão, você aceitaria, me abraçaria e me diria obrigado.


E então, íamos descendo pelo caminho, você voltaria, olharia pela ultima vez aquela vista, me abraçaria outra vez e diria: obrigado mesmo, obrigado por me trazer aqui.

Um comentário:

Thayná Machado disse...

ooi, estou te seguindo! tem problema? (: bj