Barcelona, agosto de 2008
É no mês de agosto na Europa que você entende o porque todo comércio fecha para férias e todo mundo viaja. Se estiver 35 graus de dia, pode ter certeza que às 2 da manhã estará 30 graus. Numa dessas noites calorosas, eu andava lentamente com meu celular na mão até a Plaza Univesitat. Eu tinha dúvidas. Não sabia se era realmente isso que eu queria. Talvez a única coisa que me convenceu a encontrá-lo, foi que depois teria histórias para contar. Atravessei a Gran Via tentando localizá-lo no meio de tantos skatistas, quando finalmente cheguei na Plaza, a primeira pessoa que me pegou pelo braço foi um vendedor de rosas, no qual eu e Keke apelidamos de Turco. O Turco vende rosas a noite na Rambla e acredita até hoje que eu e Keke nascemos em Istambul, Turquia. Na minha penúltima noite de Barcelona, encontrei o Turco e repeti umas 300 vezes que estava indo embora e que na verdade eu era brasileira. Mas ele achava que eu estava mentindo. O vendedor de rosas me pegou pelo braço para me contar o que acontecia logo ali do lado e no meu outro braço, o skatista puxava querendo me apresentar seu melhor amigo: Pako. Pako era alto, loiro, com cabelos bem catalão e me abraçou como se eu fosse sua prima. Ele estava irradiante: ele seria pai!!! Sua namorada tinha acabado de saber que estava grávida e ele naquela noite era o homem mais feliz do mundo e sem dúvidas, o homem mais bêbado e chapado de Barcelona.
Eu e Pako ficamos sentados no banco da praça, enquanto o skatista, obviamente, andava de skate com os outros amigos. Enquanto isso, Pako me contava que se fosse menina, ela teria o nome de Janna (em espanhol se pronuncia Ranna). Depois de alguns porros, eles me levaram pela primeira vez no MACBA.... e numa sequência de esquerdas e direitas pelo Raval chegamos na calle Luna, entramos num barzinho marroquino, onde só podíamos entrar descalços. Foi numa mesinha baixinha que Pako bêbado e chapado discutiu comigo sobre os famosos e desconhecidos plânctons. E foi ali, que comecei a imaginar o que eu estaria fazendo quando sua filha nascesse. Encontrei diversas vezes Pako ainda no verão e no outono do ano passado. A última vez que o vi, ele queria desesperadamente a camisa do Corinthians que eu tinha dado para o skatista.
São Paulo, março de 2009
Ainda é verão, o outono chegará em poucos dias. As grandes festas já passaram e eu continuo do lado de fora de minha casa. É na rua que minhas ideias fluem, se conectam e se proliferam. A mudança está por vir, e mais uma vez, a mudança será radical. É nessas horas que você vê quem realmente são seus amigos. Desculpe pela arrogância, mas grandes amigos eu tenho muitos, por isso esses que me escapam pelas minhas próprias mãos não são brothers, são talvez colegas. Boca aberta, como diria o Laércio. Quando chego em casa, abro meu gmail: um email do skatista com uma foto de Janna na maternidade! Se o tempo voa? Difícil dizer quando pra mim a Janna surgiu na barriga da mãe no final do verão e nasceu novamente no final do verão...
É no mês de agosto na Europa que você entende o porque todo comércio fecha para férias e todo mundo viaja. Se estiver 35 graus de dia, pode ter certeza que às 2 da manhã estará 30 graus. Numa dessas noites calorosas, eu andava lentamente com meu celular na mão até a Plaza Univesitat. Eu tinha dúvidas. Não sabia se era realmente isso que eu queria. Talvez a única coisa que me convenceu a encontrá-lo, foi que depois teria histórias para contar. Atravessei a Gran Via tentando localizá-lo no meio de tantos skatistas, quando finalmente cheguei na Plaza, a primeira pessoa que me pegou pelo braço foi um vendedor de rosas, no qual eu e Keke apelidamos de Turco. O Turco vende rosas a noite na Rambla e acredita até hoje que eu e Keke nascemos em Istambul, Turquia. Na minha penúltima noite de Barcelona, encontrei o Turco e repeti umas 300 vezes que estava indo embora e que na verdade eu era brasileira. Mas ele achava que eu estava mentindo. O vendedor de rosas me pegou pelo braço para me contar o que acontecia logo ali do lado e no meu outro braço, o skatista puxava querendo me apresentar seu melhor amigo: Pako. Pako era alto, loiro, com cabelos bem catalão e me abraçou como se eu fosse sua prima. Ele estava irradiante: ele seria pai!!! Sua namorada tinha acabado de saber que estava grávida e ele naquela noite era o homem mais feliz do mundo e sem dúvidas, o homem mais bêbado e chapado de Barcelona.
Eu e Pako ficamos sentados no banco da praça, enquanto o skatista, obviamente, andava de skate com os outros amigos. Enquanto isso, Pako me contava que se fosse menina, ela teria o nome de Janna (em espanhol se pronuncia Ranna). Depois de alguns porros, eles me levaram pela primeira vez no MACBA.... e numa sequência de esquerdas e direitas pelo Raval chegamos na calle Luna, entramos num barzinho marroquino, onde só podíamos entrar descalços. Foi numa mesinha baixinha que Pako bêbado e chapado discutiu comigo sobre os famosos e desconhecidos plânctons. E foi ali, que comecei a imaginar o que eu estaria fazendo quando sua filha nascesse. Encontrei diversas vezes Pako ainda no verão e no outono do ano passado. A última vez que o vi, ele queria desesperadamente a camisa do Corinthians que eu tinha dado para o skatista.
São Paulo, março de 2009
Ainda é verão, o outono chegará em poucos dias. As grandes festas já passaram e eu continuo do lado de fora de minha casa. É na rua que minhas ideias fluem, se conectam e se proliferam. A mudança está por vir, e mais uma vez, a mudança será radical. É nessas horas que você vê quem realmente são seus amigos. Desculpe pela arrogância, mas grandes amigos eu tenho muitos, por isso esses que me escapam pelas minhas próprias mãos não são brothers, são talvez colegas. Boca aberta, como diria o Laércio. Quando chego em casa, abro meu gmail: um email do skatista com uma foto de Janna na maternidade! Se o tempo voa? Difícil dizer quando pra mim a Janna surgiu na barriga da mãe no final do verão e nasceu novamente no final do verão...
3 comentários:
Lindo mari, amei. Me lembro de vc contando sobre a Janna para mim enquanto vc tomava banho e eu ouvindo ipod no seu quarto, enquanto nos preparavamos para uma das grandes festas...saudades!
a vida é assim msmo... uns vão, outros vêm... mais o mais importante é viver cada momentos como se fosse o último, como se fosse único... para q no final da jornada você possa olhar para trás e dizer q realmente "aproveitou a trip", q sorriu mais q chorou... e q se pudesse faria tudo d novo, as msmas cagadas, os msmos acertos... os msmos amores e os msmos parceiros!
Pekena: valeu SEMPRE pela força! e eu já t disse q t admiro pra cara**o???
beijão!
do pra sempre brother!!!
Fettinha!
Que irado o skatista te escrever!!! Queria saber tudo que ele te contou, fora o nascimento da bebê.
Realmente o tempo voa!
Beijos!
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