sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"That's not my name"

Vou tentar. A vontade é só uma. Vomitar tudo aquilo que fermenta meu estomago. Dizer que na mudança achei todas as suas velhas poesias na minha última gaveta. E descobri duas coisas: que um dia você já escreveu poesias bonitas e que aquele seu amigo nunca existiu a não ser na sua própria imaginação. Isso seria engraçado se eu apagasse da minha memória a quantidade de lágrimas que você derramou por ele. Achei que seria mais fácil começar 2010, mas não foi. Diante de tantas desgraças anunciadas na TV, chorei em quase todas. A paciência se mudou de minha mente para um lugar que ainda não descobri qual é, e pior, a tolerância foi junto. Segundos antes de dormir, o chamei na minha cama para trocar uma ideia olho no olho. Adormeci daquele mesmo jeito e no dia seguinte percebi que ele tinha entendido muito bem tudo aquilo que foi conversado. Isso quer dizer que a caixa está novamente em minha frente pronta para ser desembrulhada.

Passei de amarelo, comi lentilha, pulei 7 ondas e pedi muito para não ter mais mudança e comecei o ano mudando. Comecei gargalhando por ouvir histórias do passado e por saber que irrito alguém sem ao menos conhecê-lo. Que doeu quando eu vi. Achei que as cicatrizes não abririam, comprovei mais uma vez, logo no início de 2010, que dói ao apenas ver. Que não quis saber de você, mas foi a primeira coisa que soube. E antes de qualquer coisa, saiba que suas palavras não me machucam. Eu sei que você fez tudo aquilo de propósito, e eu quebrei minhas promessas. Fui atrás. Não de você, mas de suas imagens. Se é amor ou não, foda-se. Não se refere a mim. Aliás, tô pagando para ver amores reais. Porque o que vejo por ai, é tudo amor inventado, daqueles recheados de medo de ficar sozinho. O amor sobe serra? O amor desce serra? Amor de verão dura? Para o amor não existe tempo. E nesses dias vi com os próprios olhos amores de verdade, Silvestri e Alice, Alê e Daniel e os frutos mais lindos recém-nascidos: Anna e Antônio.

E se ainda existe alguma dúvida: “Tire férias de todo esse tempo que passou querendo compreender o sentido das coisas. Elas não têm o menor sentido.”

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