segunda-feira, 19 de abril de 2010

Essa não é pra você!

Lembra daquilo que a gente jurou que nunca mais se lembraria?
Pois eu lembrei.
Você invadiu meu sonho, me levou para onde jamais poderíamos estar.
Acordei.
Tentei esquecer, mas aquilo ficou piscando na minha mente.

Pra que lembrar, se lembrar dói?
Porque as palavras doem e o silêncio também.

Eu sei. Foi melhor assim, não foi?

Aquele dia que te deixei na sala falando sozinho, você sabia e eu também.

E agora vem você assim numa boa??

Eu tô com saudade, sabia?

Saudade das nossas cervejas tomadas em horas erradas, porém nos dias certos.
Saudade de seus abraços e de nossos roles.
Saudade das nossas aulas teóricas e práticas, que quase não foram praticadas.

E de saudade vou vivendo, mesmo sabendo que dela não posso viver.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Se...

Se o mundo parasse agora, eu estaria com menos de 200 reais na minha conta. Com roupas nunca usadas no guarda roupa e com 10 metros de tecidos dobrados sem cortes. Teria algumas cicatrizes no coração, alguns medos não superados e planos ainda não concretizados. Duas calcinhas penduras no varal e um kit kat pela metade.

Teria um livro inacabado, alguns blogs abandonados, algumas fotos não publicadas. Teria um milhão de palavras boiando no estômago, poucas lágrimas nos olhos e sorrisos guardados no peito direito.

Teria ainda algumas desculpas guardadas que por falta de tampo não foram ditas, um desejo - maior que meu próprio corpo - por uma justiça e alguns olhares - daqueles que não precisa dizer nada - para dar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Virtualmente falando...

Num dia estranho é normal ver um arco-íris às 9 da manhã. Enquanto o sol e a chuva não se decidem, o novo cenário é colocado na sua vida. No fim da rua, a passarela de ferro, que passa por cima do trilho do trem. Numa mistura de sombrio com o abandono, por incrível que pareça, remete a Europa. No final, logo à esquerda, o único bonde que restou de uma cidade que não soube guardar o que tinha de bom.

Entre fábricas e galpões as pessoas se misturam, talvez pelo mesmo objetivo: ser alguém na vida. Sonhos, projetos, crenças. Vale tudo, só não vale dizer que nunca experimentou. Na busca por pessoas antenadas, a minha boca continua aberta. Se o mundo inteiro está na Internet, o que você faz fora dela? Para quem se viciou em perguntar, melhor mesmo é se distanciar, antes que leve uma bela de uma esquerda no rosto. Pior ainda é ter a coragem de perguntar por quê. Sem dúvida, vem seguida de uma direita e de uma esquerda. Como assim você nunca leu um blog? Muitos universitários acreditam que redes sociais são do passado! E quando pergunto o que é o presente, recebo apenas sorrisos acompanhados de não sei. É. O mundo vai girando, a geração crescendo e não sei para onde caminhamos. Acredito ainda, na forma de usar, e que o presente anda sendo alimentado por compartilhamento de conhecimentos, seja ele virtual, seja ele real.

O que diria Pierre Lévy aos universitários?

O contato com pessoas desconhecidas me lembra de uma frase que a Kele de Barcelona me falava: O mundo é uma metade de uma ervilha. Ele é amigo dela, que namora ele, que é primo do amigo dela. Assim, se reunirmos todo mundo numa sala, abraçamos o mundo.

A busca não para. Se algo não está bom, melhor é mudar, ou recomeçar. Na nova virada do ano, levei uma porção de tapas na cara de amigos. Verdade é bom quando é dita olhando no olho. Críticas são quase sempre construtivas, basta você saber dizer, basta você saber entender. Alimente-se de informação, compartilhe conhecimento, busk por isso!