segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Yo llevo en el alma un camino

Olhando agora de longe noto que virei também um personagem. Se antes todos eram personagens para minhas histórias, agora também sou, só que de gibi. Levar a vida horas personagem, horas diretora, horas crítica e horas soldado. Mas ainda prefiro ser o aventureiro. Porque dentro de qualquer aventureiro existe um personagem.

E se fomos por ai nas aulas de escritura criativa em Barcelona, o meu novo personagem entrou por um acaso no filme “Las Pistoleras”. Quatro mulheres como personagens principais. Tudo se passa no México. Principalmente no deserto. Nos pueblos. Por isso, imaginem a trilha sonora. As mexicanas se locomovem quase sempre a cavalos. Cometem crimes. Atiram. Procuram sempre vítimas. Umas morrem, outras ficam feridas. Na verdade são as vítimas que escolhem. E quando elas não atiram, garanto chamam atenção do mesmo jeito. É aquela velha história que quando elas passam, as flores dos cactos aparecem.

Voltando a trilha sonora. Qualquer música mexicana, cubana, jamaicana, coco, ciranda faz uma pistolera bailar na pista. Cada uma tem o seu ritmo preferido para cometer o crime. Quando toca tango, o meu olhar muda, a minha voz fica mais lenta, a minha dança vira literalmente minha comunicação e as minhas mãos atiram sem pensar. E quando toca flamenco me perco e me afundo no romantismo. Mas cair no romantismo já não faz parte de mim: zizinha.
Ah! Quase me esqueci. Feliz 2009 e muito sol nessa cidade cinza!!

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