terça-feira, 14 de julho de 2009

Agradável...

- Agradável! Diria ele. E diria mais. Diria que o céu não está tão diferente daquele de oito meses atrás. Está na verdade, igual! Que o inverno chegou suavemente em um dos últimos ventos de outono. E que de tarde, num calor gostoso, todos se encontram no parque. Sempre depois da siesta. E como não há nuvens, a paisagem então, se torna cartão postal. Logo ali, exatamente ali, depois das 15h30 da tarde.

- Isso não é agradável? Perguntaria ele. – Nãooo! Responderia ele, antes de qualquer outra resposta possível da platéia. – Agradável é você sair do parque no fim da tarde, e ver a noite nascer. E não existe lugar melhor para admirar a noite do que a rua entre a Matias Aires e a Antonio Carlos. E sabe-se lá porque, essa rua, mais conhecida como a vila azul, não aparece nos guias da cidade de São Paulo e nem no Google Maps. Estranho ou não, lá você admira a noite nascer. Senta no banquinho da pracinha e acompanha a vida daquela pequena vila acontecer. O primeiro sempre a acender as luzes é o homem do sebo de livros, depois logo em seguida é dono do bar. Depois o da pizzaria, a casa das meninas Maria e Pri, a lojinha de culinária. Os outros estabelecimentos e as outras casas acendem as luzes depois de mais ou menos uma hora. Os últimos a acenderem são sempre também os mesmos: a casa do fotógrafo e a Kombi de hot-dog do Seu Pedro. Quando isso acontece e o céu está limpo, a lua fica exatamente entre as duas casas, a da lavanderia e a da sorveteria. Coincidência ou não, as duas casas são brancas com o mesmo telhado e as luzes estão apagadas. Porque antes de anoitecer, o expediente já terminou e ninguém precisa acender a luz. Talvez a lua saiba que ali ela fica mais bonita. E por ser tão vaidosa, atrai um publico na medida certa para admirá-la. Não só admiram, retribuem ao bom som ao vivo, tranqüilo. As pessoas interagem, os estabelecimentos funcionam e a vizinhança adere. A vila toma vida e é ai, que você percebe que a noite só começou...
- Mas, agradável mesmo, é terminar a noite na casinha roxa e acordar só quando o sol bate na janela e me diz bom dia.

4 comentários:

Anônimo disse...

Agradável mesmo é ler suas histórias... seus contos... suas poesias...
Agradável mesmo é passar horas conversando com vc e parecer q apenas alguns minutos se passaram...
Agradavel é ter a certeza da sua amizada eterna... do seu companherismo e do seu carinho...
Mais uma vez obrigado pela sua existencia, amizade e paciencia!!!

Tbm t amo!!!

e muito!!!

Fettinha!!!

Mari disse...

hihi

eu só posso te agradecer pela nossa amizade ficar mais intensa depois de ter voltado de barça! E agradecer toda essa energia que vem me transmitindo esse tempo! E por ter me acordado na hora certa!

obrigada idiota! te amo

Unknown disse...

Engraçado como só mesmo vindo morar aqui é que reparei na lua, que antes era mera companheira de aventuras boêmias nestas noites desvairadamente paulistanas. Tenho encontrado tudo mais brilhante, mais vivo, mais romântico. Talvez tenha sido você também a responsável por botar o devido reparo na grande protagonista da noite. Ela, redondamente linda, romanticamente brilhante, lua nossa de cada noite. Beijos!

Unknown disse...

Mari, obrigada por indicar o meu blog! fiquei muito feliz...o seu é demais tb...já está no meu google reader! bjossssss gabi