terça-feira, 9 de março de 2010

O Sexto Sentido De Novo

Foi ele que me chamou de canto e me avisou baixinho que me apaixonaria por você assim num piscar de olhos. Eu ri. Disse que não seria possível. Que esse ano tudo seria diferente. Não entregaria meu coração assim de bandeja.

Mas aquele olhar no qual você invadiu meu corpo e sugou meu sangue por inteiro, não deixou nenhuma gota, nem um pingo, nem um rastro. Foi naquele dia, que eu fechei os olhos, coloquei a mão no coração e admiti que o sexto sentido avisa sim com antecedência.

Que então, eu poderia me entregar, porque aquilo tudo ali era sincero, era puro, era inocente. Mas o nosso amor era proibido. Carregava o peso de um elefante. Era uma estrada interditada.

Se o sexto sentido me avisa do perigo, digo que existe alguém lá em cima me testando. A história não tem parte II e nem se chamará carpe diem. Que os patos e os canários o digam. Não têm fim, nem ponto final, só reticências.

Sentada no sofá, a fumaça não que sair. As palavras continuam soando em meus ouvidos. A hora errada volta e se transforma na certa. Pode ser daqui 2 dias, daqui 2 meses, daqui 2 anos. Mas ela existe. E isso, eu não preciso te contar, você sabe melhor do que eu.

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