terça-feira, 11 de setembro de 2007

Gravado num banco qualquer

Eu sentei naquele banco esperando você.
E você sabia até o jeito que eu iria sentar.
Talvez porque somos parecidos.
Eu completamente distante de você.

Eu sentei naquele banco esperando um pequeno desentendimento.
E você sabia exatamente o que eu queria ouvir.
Apesar de nunca ter escutado algo tão extraordinário.
Você completamente distante de mim.

Eis o meu choque.
Eis o seu “spot”.

Não nos conhecíamos.
Jamais nos tínhamos vistos.
E eu aceitei o convite.
Sentei naquele banco para te escutar.

Na verdade aceitei o convite por curiosidade.

E quando você começou a sussurrar em meus ouvidos, me calei.
Você estava tão perto de mim, mesmo sabendo que não estava lá.
Era apenas a sua voz,
Era apenas a sua mensagem deixada naquele banco.... para mim....
Para você, para ele, para nós, para todos.
Para todos pararem.

Atitude.
Ousadia.
Para todos pararem.

Sentarei lá de novo.
Escutarei outra vez.
Só para te “rebobinar”.
Só para te admirar.


Mari 21/08/03

3 comentários:

disse...

maricota!!! essa poesia é inspirada naquela obra do banco que vimos na exposição da Oca (Tate ou a Bigger Splash), não é?

Lembro muito desse dia e daquela época boa :o)

(O Edmar Cid Ferreira foi útil em alguma coisa...)

Bjosss

Anônimo disse...

huahauahaua
que coisa mais bonita!!!
mas achei que tu tava falando de um gravador de fita sabe???

brincadeira!!!!

tas tão poeta, amiga!!!! tão orgulhosa...
beijo
Mo

Mari disse...

Oieeeeee, ééééé isso mesmo. Inspirada numa obra que não lembro o nome. afffe e nem sequer consigo saber se foi na Tate ou na Bigger Splash. Lembro que era de Londres. Época boa mesmo, de nossas vidas e de exceletentes exposições da Oca!!
Moooooo, era sim um gravador de fita. Vc colocava play e escutava num fone. Fantástica!!!
beijo p/ duas