segunda-feira, 30 de abril de 2007
Urbanoide
Estão presos a suas respectivas rotinas.
Estão completamente cegos e calados.
Escondem-se atrás daquelas velhas cortinas.
Por um instante acreditei que podia encontrá-los.
Por algum momento pensei que me acolheriam.
Mas estão todos muitos ocupados.
Estão presos a suas respectivas rotinas.
Estão completamente cegos e calados.
Escondem-se atrás daquelas velhas cortinas.
Durante alguns segundos pensei que a minha cura poderia curá-los também.
Durante algum tempo achei que sorrisos, conversas e olhares poderiam
mudar o presente.
Mas estão ocupados com suas obrigações.
Estão presos aos seus velhos conceitos.
Estão sem palavras e sem visão.
Estão escondidos em suas tocas.
Não se preocupam, não se descuidam.
Não perguntam, não procuram.
Desaparecem entre fumaças de monóxido de carbono.
Admiram o céu mais cinza do planeta.
Vivem na corrida de carros parados.
Esquecem de coisas humanas.
E depois reclamam...
Assistem bombardeios e mudam de canal para ver algo mais interessante.
Estão todos muitos ocupados.
Estão presos a suas respectivas rotinas.
Estão completamente cegos e calados.
Escondem-se atrás daquelas velhas cortinas.
27/03/03
domingo, 29 de abril de 2007
Dica de uma balada muito boa hoje:
Lone Ranger, Echo Sound System e DigitalDubs na Aldeia Turiassu.
SERVIÇO
Local: Aldeia Turiassu Rua Turiassu, 928 - Perdizes
Data: 29/04/2007
Horário: 22h
Porta: R$ 20,00
Mais? http://www.myspace.com/echosoundsystem
http://www.myspace.com/digitaldubs
sexta-feira, 27 de abril de 2007
O importante é fazer
Pra onde o jornalismo vai, eu não sei e talvez nem queira saber. Sei de como está hoje, quase do mesmo jeito que há 5 anos. Lembro de quando entrei na faculdade, me chamavam de xiita, radical máster e mais sei lá o que. Talvez eu via o que eles ainda não enxergavam. Um jornalismo chato para cacete, cheio de regras, de mal profissionais e de egos enormes. Um jornalismo mal apurado e com jornalistas trancados dentro das redações. Poucos nas ruas. Muitos na net.
As redações estão cada vez menores, poucos jornalistas trabalhando por três ganhando o salário apenas de um. E o veículo ainda custa caro nas bancas. Profissionais não enxergam o futuro e muito menos reparam no presente que vivem. São cegos ou surdos ? Quem quer pagar para ler informação ? No mundo de hoje a Internet dá todos os tipos de informação sem pagar nada para o determinado veículo. Existem ainda os blogs que furam atualmente todos os jornalistas noiados em garantir seu único furo de reportagem. Pasmem! Ainda prefiro aquele que dá por último a notícia, mas com muito mais conteúdo. Às vezes me pergunto se esses que trabalham, criam e produzem no meio da Internet já leram algum livro do Pierre Levy. E tiro minha própria conclusão: Não. Deveriam viu? Uma ótima e obrigatória leitura para quem quer mexer com a Internet.
Volto aos jornais chatos. Jornalistas de mal com a vida só sabem criticar a música que vem do nosso país. Dão espaço apenas para os gringos, que normalmente são bandas que reproduzem o som dos anos 60 e 70. Totalmente retrô. E ainda tenho que ler que é inovação. Hahahaha inovação é o que acontece aqui meus caros. Pesquisem, procurem, a cada dia surge uma banda melhor nesse país que inventa um novo jeito de fazer música. Mistura, mistura e mistura. Pronto. Fica um som incrível e mesmo assim não são pautados nos jornais.
E de que adianta só criticar ? O importante é fazer diferente. Me aguardem, a xiita finaliza projetos e quando estiver pronto, aviso vocês.
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Jornalismo Cultural
Mas vamos atrás do Aurélio... Se o conceito esclarece que é cultura todo o ambiente à parte na natureza que o homem criou para sobreviver, não só físico como também de regimentos sociais - o que numa leitura mais atual seria o nosso cotidiano urbano, então desde o repórter iniciante que foi cobrir a nova contratação do time de futebol até àquele senhor que trabalha há uns 30 anos e que escreve com maestria sobre os seus semelhantes no Senado ou na Câmara, todos eles estão fazendo jornalismo cultural, documentando a cultura. Ainda que segmentada, devido à sua enorme abrangência.
As pessoas tem uma visão meio distorcida do que é jornalismo cultural. Acham que é divertido! Divertido é escrever sobre o que se gosta, ver a matéria sendo comentada por ai... devem achar que jornalista da área de cultura tem uma vida boa, sempre escutando música, indo a cinemas e mostras de filmes brasileiros, hollwoodianos e russos. Esqueci dos iraquianos. E os shows? Que beleza, não? Mas não é apenas isso que é cultura. Cultura está em tudo.
O que observamos hoje nos chamados cadernos culturais dos jornais seria o que ficou subentendido como atividade 'lúdica' (música, pintura, etc) que o homem desenvolve, mas que mesmo assim sustenta todas as outras e/ou é aproveitada por elas. Obra de arte, a arquitetura de Brasília? Pois é de lá que vem a decisão de quanto você vai pagar de juros na prestação da geladeira nova. Achou fraquinho o exemplo?
Foi assim que se criou a indústria cultural, ferramenta com que a população é controlada de acordo com as convicções de determinado governo. Mas ai você pensa: Como uma novelinha inocente ou uma história em quadrinhos pode regular a minha vida? Então preste bastante atenção daqui pra frente quando for ler a resenha de um lançamento de CD qualquer no jornal, por exemplo. Procure pela gravadora, depois vá pesquisar qual é o seu faturamento e depare-se com a quantidade de outras empresas com que ela é ligada. Inclusive aquela agência de publicidade, na qual trabalha o publicitário que elaborou a campanha do atual presidente da república, pode estar fazendo parte desse conglomerado empresarial.
De repente ninguém mais entende como a qualidade dos programas de TV pode ter caído tanto. Siga meu raciocínio... povo ignorante é vantagem pro governo, nada mais natural para o maior nome do entretenimento nacional lançar umas cinco Darlenes por ano. Essa lavagem cerebral indireta parece ser mais sanguinária do que a propaganda descarada de governos autoritários ao extremo.
Portanto, daqui pra frente, não mais menospreze os jornalistas culturais. Com a simples resenha de um CD da Calypso ou do último filme do Homem Aranha, eles podem estar mudando o rumo da sua vida. Tenha medo deles! Medo esse que os envolve nessa aura de falta de credibilidade de que gostam tanto de ostentar e de que falem mal.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
O jornalismo de hoje não é o mesmo de antes
Algo mudou.
A história não chegou a fim, como diz Fukoyama ("O Fim da História"), e nem configura-se uma realidade democrática tal que não haverá mais conflitos fora da área da cidadania. E este não pode ser apenas um processo das inovações tecnológicas e da nova ciência da comunicação. Configura-se, na verdade, um período de total consolidação do capitalismo como modo de produção, junto aos regimes democráticos capitalistas e envolto em certa ideologia de transparência e respeito internacional aos direitos humanos. Mas isto, às custas de maior aperto nas contas do Estado, (diminuição do Estado), e nas contas do capital acumulado. a margem de lucro das empresas é cada vez menor, e portanto, o corte nas despesas é cada vez maior. E a riqueza que apresenta maior potencial de variabilidade é a mão-de-obra, o salário do trabalhador. Não à toa, as reformas trabalhistas, a flexibilização dos direitos, o aumento do desemprego e a tendência à concentração ainda maior de capital.
O jornalismo entra nesta chave.
O jornalismo não pode mais dar-se ao luxo de ter repórteres em excesso, de pagar muito por colunistas, de arriscar-se com seu público-leitor com posicionamentos próprios etc. O jornalismo cortou gastos de maneira radical e mudou sua forma-conteúdo para uma mais rentável em uma época de arroxo econômico mundial.
O jornalismo também cresceu, por outro lado, com a rapidez e a profissionalização de um jornalismo rápido e prestador de serviços. Muitas revistas internacionais hoje trocaram sua fonte principal de lucro do material impresso para a internet. As pessoas conseguem facilmente achar informação gratuita na internet. Vende-se, hoje, PV (page views) de banners de publicidade.
Ainda assim, jornalistas dedicados, interessados, meios menores, fazem um jornalismo mais aprofundado e de debate. Mas já sabe-se que o jornalismo precisa de informação ágil e que as pessoas consomem isto.
Bem sabemos que se uma matéria sobre celebridades atrair mais o público que uma matéria sobre o mercado de trabalho, será priorizada. Sem romantismos...
A tendência é o jornalismo de revistas, se tornar via web. Revistas como Vogue, Time, e outras, estão fazendo esta transição. A Abril ainda não entrou nessa por incompetência. Os jornais impressos já consolidados, como a Folha e o Estado, devem continuar a vender seu material impresso, pois as pessoas não gostam de prestar atenção em letrinhas na tela do computador, (isso ocorre com os livros).
Mas, para onde vai, não sabemos, ainda que eu ache que não vai para lugar nenhum se a sociedade não for junto!
terça-feira, 24 de abril de 2007
Modelo francês de fazer jornalismo !
Febre nacional! Nos transportes coletivos, nas ruas, nas escolas e faculdades. Os jornais gratuitos invadem a Europa. Uma receita de sucesso que tem sido a salvação dos grandes grupos de mídia.
Na França, o impacto é ainda maior. Detentora de índices vergonhosos sendo o país europeu que menos lê jornais, o fenômeno dos gratuitos chegou em boa hora na terra do croissant. Matin Plus, Montpellier Plus, Metrô ... jornais que atingem em cheio um nicho até então mal explorado: os jovens.
Face a crise nacional que domina os principais meios de comunicação, os franceses decidiriam aderir à moda. No cenário geral, jornais em recessão, em baixa de vendas ou estagnação. Como “salvá-los” custa caro, a idéia mais plausível se traduziu em distribuir informação gratuita. Eles chegam aos leitores em formato de tablóide, bem ilustrados e com um poupourri de atualidades. 20 minutos é o tempo suficiente para percorrer todas as páginas e para se sentir bem-informado.
Logo nos primeiros meses de distribuição, o prognóstico dos grandes grupos se confirma: um sucesso absoluto. Todo mundo conhece, todo mundo lê!
O jornalismo francês ajoelha ao capitalismo. Diria mesmo que ele se prostitui. Ingênuo são os que pensam em democracia da informação: jornais grátis ! De grátis, só têm o nome. Por trás de cada exemplar, uma máquina de fazer dinheiro. Jogam nas ruas tablóides de péssima qualidade que evaporam em segundos. Anunciantes que disputam cantos de páginas do produto popular em questão e um esquema financeiro de dar inveja.
Os jornais pagos de nível nacional não correm nenhum risco com a chegada dos gratuitos, pois são eles mesmo que os mantém. Montpellier Plus é mantido pelo jornal Midi Libre, que por sua vez é controlado pelo Grupo Le Monde.
Um poder que se rende às regras do capitalismo. Uma geração desinformada. Um país equivocado.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
O jornalismo caminha .... pra onde ?
A nova Era assusta muitos chefões antigos das redações e incentiva jovens profissionais a inovar no jeito de fazer jornalismo. A cada dia aumenta o número de jornais gratuitos distribuídos nas ruas, em transportes coletivos, escola, teatro, cinema e etc...
O importante é pensarmos e questionarmos: para onde estamos indo e onde queremos chegar. E principalmente se esse novo modelo de jornalismo se diferencia do que estamos acostumados a ler.
Por isso, convidei algumas pessoas para escrever sobre esse tema nessa semana no meu blog.
Mande seu texto para marianaserrano1@gmail.com
sexta-feira, 20 de abril de 2007
DiCaS

quinta-feira, 19 de abril de 2007
Violência Moderna
Fomos obrigados.
Estamos conformados.
A nossa realidade já emite outros sons.
A nossa realidade emite outras imagens.
É a nossa verdade vista e ouvida pela violência.
Não importa mais o nome da cidade.
Elas já têm a mesma realidade.
Ao invés de ouvirmos:
- Tem um trocado?
As nossas janelas já se fecharam...
Os nossos olhos fingem em prestar atenção em outra situação.
A cada tiro, os nossos ouvidos ‘puros’ têm a coragem
De acreditar que são fogos de artifícios.
E assim, artificialmente a nossa sociedade tem a frieza de dizer que vivemos.
Vivemos sim, vivemos fingindo o que não somos.
Corações sólidos.
Corações de metais.
Corações modernos.
Não quebram, não chocam, não choram.
Se modernidade hoje corresponde à descaracterização,
Desculpe pela honestidade, mas estamos mortos.
Mortos vivos, mas mortos.
Porque vemos e não fazemos.
É mais prático. Apenas aceitamos de olhos fechados, é claro.
O ser humano, o mais inteligente ser, me decepciona.
Procura sempre o mais complicado.
Perdemos as razões e as emoções de viver.
Já não existe mais beleza onde se vive.
Só há tristeza. Tristeza ignorada.
O mundo precisa de sorrisos sinceros.
Falsos, estamos cheios.
Precisamos mudar os conceitos.
Precisamos rever o que entendemos por modernidade.
Moderno não é ser só prático.
A prática está ligada à tecnologia e não em nossos sentimentos.
Sentimentos não são e jamais serão modernos.
Por isso o coração pode e deve chorar.
A sociedade nem sempre impõe o correto.
Porque o meu coração sangra e chora.
E tenho a plena certeza que o seu também.
Porque devemos ser apenas nós mesmos.
Porque se você não sabe, um sorriso sincero é melhor do que deixar de ver.
Deixar de ver por temer...
Essa poesia foi escrita por mim no dia 14 de novembro de 2002. Postei ela hoje por achar totalmente atual após ver as cenas feias do tiroteio do Rio de Janeiro e da escola americana que insiste em dizer que o assassino é sul coreano. Detalhe: ele vive nos EUA desde quando tinha 5 anos.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
Lee Perry apresenta Panic in Babylon - um baile regado a dub, reggae e poesia

terça-feira, 17 de abril de 2007

Aos 32 anos montou seu próprio selo: Upsetter. E convidou alguns amigos para formar sua banda de estúdio: os irmãos Family Man e Carlton Barret no baixo/bateria, o guitarrista Alva Lewis, o tecladista Glen Adams e Max Romeo nos vocais. Depois de um ano, Lee Perry conseguiu a primeira turnê de um grupo jamaicano na Inglaterra. Com um reggae instrumental inspirado no filme: Return Of Django, Upsetters se apresentou durante seis semanas em casas de shows.
E foi nessa que Lee Perry e Bob Marley se cruzaram, já se conheciam do ska, ambos trabalharam com Coxsone no Studio One. Mas Os Wailers (Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer) brigaram com o Coxsone e ficaram com o Lee Perry como o produtor da banda. Resolveram se juntar Wailers + Upsetters e produziram uma quantidade enorme de clássicos (Small Axe, Duppy Conqueror, Kaya, Put it on), mudando a história e o rumo do reggae. Bob teve o sucesso alcançado e Perry ficou conhecido com um dos grandes produtores da Jamaica.
O grande momento acabou por volta do ano de 1971. Apesar disso Perry ainda trabalhou com Marley esporadicamente ao longo dos anos, como na gravação do importante "Jah Live" e na concepção do álbum "Rastaman Vibration", além de outras produções como "I know a Place". Os Wailers ficaram com os irmãos Barret, e assinaram um contrato com a Island em 1972. Os outros músicos seguiram seu caminho e Lee Perry ficou com o nome Upsetter, chamando novos instrumentistas para seu próximo projeto.
Lee 'Scratch' Perry construiu um estúdio nos fundos de sua casa chamado Black Ark. O local virou uma usina musical com produções inovadoras à frente do seu tempo. A Island Records assinou com Perry um contrato de distribuição, e seu estilo acabou chamando a atenção de figuras como Paul McCartney. O estúdio era freqüentado por muitas pessoas até que um dia ele expulsou todos os estranhos à paulada e assim abandonou aos poucos a produção do famoso Black Ark. Dizem até que ele mesmo colocou fogo, mas a família nega.
Em 1987 trabalhou com o produtor inglês Adrian Sherwood e a banda Dub Syndicate e lançou o clássico Time Boom X De Devil Dead considerado uma obra-prima. Decidiu morar na Suíça com sua esposa e nesses últimos 15 anos, a carreira de Perry decolou. Faz show em muitos países quase sempre com Mad Professor com quem gravou muitos discos.
Com 71 anos, nascido no interior da Jamaica, o grande mestre é atração principal do Abril Pro Rock hoje no Via Funchal em São Paulo. E você vai perder essa ? Corra!!! Ainda tem ingressos!!
domingo, 15 de abril de 2007
em busca do sol

sexta-feira, 13 de abril de 2007

quarta-feira, 11 de abril de 2007
Virada Cultural 2007

Olha só, a 3ª Virada Cultural de São Paulo já está com os dias marcados e com toda a programação pronta. O número de atrações é grande: cerca de 350 e os locais dos shows: 65. As datas são 5 e 6 de maio e é aqui a minha crítica!!!! Nos mesmos dias que acontece o skol beats???? Assim não dá!!! Outra, faltou um palco na praça da paz do parque ibirapuera!!!
Mas tudo bem, segue a programação abaixo:
Palco Boulevard São João/Anhangabaú
18h - Aguiar e Banda Performática
Palco Vieira de Carvalho
18h - Os Cantores de Ébano
Palco Barão de Itapetininga
18h - Percy Weiss
Palco de Dança Anhangabaú
Praça Ramos
Teatro Municipal
18h - Raul de Souza (Sweet Lucy 1977)
Piano Na Praça D. José Gaspar
Calçadões - XV de Novembro
Pista 1
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, Largo do Paissandu
Missa conga - 11 horas
Teatro e Circo na Praça da República
18h - Cia. Teatral Controvadores - Num meio dia de fim de primavera
Intervenções Volantes pelo Centro
Russo Jazz Band
Palcos Cardeais
Guaianazes - Praça de Eventos - zona leste
terça-feira, 10 de abril de 2007
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Só posso agradecer mais uma vez por ter lembrado de nós. Mesmo longe nos reuniu. Nos fez refletir, rir, beber, brindar, saunar (se é que me entendem...) e mais uma vez abrimos a porta do universo...nos encontramos entre tantos planetas e tantas estrelas. Estávamos lá entre os cosmos. E ao mesmo tempo sentados num banco do jardim.
Conseguiu... para variar. Tentamos o contato, porém você estava ocupado e incomunicável diante de tanta areia. E nós transbordávamos idéias, sonhos, realizações e lembranças. A viagem foi muito boa. Valeu!
E você não me venha com perguntas .... um dia eu te conto.
segunda-feira, 9 de abril de 2007

O filme O Cheiro do Ralo de Heitor Dhalia é incrível, tanto pela história como pela atuação de Selton Mello que vivencia Lourenço. Um cara frio, viciado no cheiro e apaixonado pela a bunda da garçonete.
Reparem na trilha sonora feita por Apollo 9!!!
sexta-feira, 6 de abril de 2007
O empreendedorismo nas escolas
O ensino deveria formar cidadão capaz de renunciar ao seu egoísmo em prol de um bem comum mais pleno e vital, capaz de fazer do conhecimento um serviço, e não um mecanismo de dominação e exploração. Hoje no mundo globalizado torna-se cada vez mais importante uma ação educacional que forme o individuo do mundo, sem perder suas raízes culturais. A globalização, se for fundamentada no diálogo, na solidariedade e na participação de todos os segmentos da sociedade, pode ser uma alavanca magnífica para a paz e o crescimento dos povos.
Desde 2002, algumas escolas adotaram uma disciplina chamada pedagogia empreendedora, que tem como objetivo principal disseminar uma visão empreendedora nos estudantes. O empreendedorismo entra nas escolas para tentar relembrar que os alunos não são apenas alunos e sim cidadãos. Fernando Dolabela professor da Fundação Dom Cabral e criador da metodologia Pedagogia Empreendedora acredita que a criança deve ser vista pela escola como cidadã. “O empreendedorismo não é um tema escolar, porque a escola vê o ser humano não como um centro, mas como uma ferramenta”, comenta Dolabela.
O empreendedorismo na escola não ensina somente os estudantes a abrir uma empresa depois que saírem da universidade, ele alimenta a criatividade, a atitude e a motivação do cidadão. “O Empreendedorismo não é uma técnica, não é um conhecimento, ele é uma atitude, uma postura”, afirma a palestrante comportamental Leila Navarro. Ele mostra que a pessoa deve pensar no bem da sociedade e não apenas nele próprio. O tema aqui no Brasil é trabalhado diferentemente de outros países. Segundo Dolabela o que serve para o Canadá certamente não se aplica no Brasil por claras diferenças sociais. A proposta aqui no Brasil deve ser no desenvolvimento e na eliminação da pobreza e da exclusão. “Empreendedorismo é o processo de enriquecimento comunitário. Nós não focamos no indivíduo, focamos no crescimento comunitário, porque se você foca apenas no indivíduo, você cria uma exclusão, você elimina a pessoa”, afirma professor Fernando Dolabela.
A educação empreendedora é necessária para qualquer nação que deseja se desenvolver, através dela atingimos o desenvolvimento humano, social e econômico. Sua proposta é relembrar, despertar o empreendedor que existe em todo individuo, mas que se encontra aprisionado pelo próprio modo de viver.
O tema pode ser trabalhado com crianças a partir de quatro anos e segundo a Leila Navarro qualquer professor pode dar aula de empreendedorismo se eles tiverem isso na vida deles, se tiverem postura de empreendedor. Existem metodologias para tornar professores capacitados para dar aula desse tema. Fernando Dolabela dá a dica: “Devemos preparar os professores para que eles entrem nas aulas e comuniquem, transmitam e criem o empreendedorismo para os alunos”. Leila Navarro acredita que é fundamental investir no professor, porque ele ensina a criança e a criança ensinará os pais.
Um exemplo interessante quando falamos de cidadania é o Colégio Opet localizado no bairro Bom Retiro em Curitiba. Uma Cidade Mirim foi construída no pátio da escola. A cidade tem ruas, placas de sinalização, semáforos, casas, câmara municipal, ouvidoria, rádio, correio, centro cultural, oficina de reciclagem, horta, arena, casa da família, câmara dos vereadores, posto de saúde e bancos. “Esse projeto visa despertar nos alunos o interesse pela comunidade da qual fazem parte, sendo futuros geradores de mudanças e transformadores da realidade social, formando lideranças que farão diferença na sociedade”, comenta a coordenadora do projeto Andréa Beatrice Costa.
Cada escola adota sua forma de ensinar empreendedorismo e cidadania, mas Fernando Dolabela acredita em um método que tem duas perguntas: Qual é o teu sonho? e O que você vai fazer para transformar o seu sonho em realidade? “A primeira pergunta tem três objetivos: transformar o aluno em protagonista da própria vida; desenvolver a auto-estima do aluno e transferir um poder ao estudante que está longe dele mesmo”, explica Dolabela. Já a segunda pergunta mostra ao aluno que só ele pode criar as estratégias e os caminhos para realizar o sonho. E Leila Navarro garante que as pessoas empreendedoras são mais felizes porque elas empreendem os próprios sonhos, têm iniciativas, persistência, força e capacidade para materializar seus objetivos.
Segundo o filósofo grego Platão que viveu nos anos 427 a 347 a.C, o ideal é formar o individuo participante e atuante em uma comunidade. É necessário educar o homem em todas as suas dimensões e não somente na dimensão intelectual.
quarta-feira, 4 de abril de 2007
Saudade ...
O som é rap, mas sempre com a intenção de se criar bases diferentes, fundindo o reggae, o dub, o funk, até música clássica. As letras tratam do misticismo, política, teoria científica - direto das baladas e viagens que o Clan costumava fazer. Atualmente a banda está parada, que bom que pelo menos restou o CD para eu matar a saudade!!!
terça-feira, 3 de abril de 2007
Abril é o mês dos shows
Preparem seus bolsos!!!
Neste mês acontecem shows incríveis!!!
Anotem:
Dias 4 e 11 Zé Cafofinho no Studio SP
Depois do boom de novas bandas que surgiram com o Manguebeat nos anos 90, Zé Cafofinho surge sintetizando jazz, ritmos latinos e nordestinos numa mistura suingada no seu primeiro álbum solo independente Zé Cafofinho - um pé na meia, outro de fora. O lançamento do CD acontece nas próximas quarta-feiras, dias 4 e 11 de abril no Studio SP na Vila Madalena.
Serviço
Local: Studio SP
Endereço: Rua Inácio Pereira da Rocha, 170 - Vila Madalena
Data: 04/04 e 11/04
Horário: 23h
Preço: R$ 15,00
R$ 10,00 na lista (studiosp@studiosp.org)
Informações:11 3817.5425
Mais? www.myspace.com/zecafofinho
Dia 7 Monjolo no Studio SP
Serviço
Local: Studio SP
Endereço: Rua Inácio Pereira da Rocha, 170 - Vila Madalena
Data: 07/04
Horário: 22h
Preço: R$ 20,00
R$ 15,00 na lista (studiosp@studiosp.org)
Informações:11 3817.5425
Mais? www.myspace.com/monjolo
Dias 14 e 21 Eddie no Studio SP
Serviço
Local: Studio SP
Endereço: Rua Inácio Pereira da Rocha, 170 - Vila Madalena
Data: 14/04 e 21/04
Horário: 22h
Preço: R$ 20,00
R$ 15,00 na lista (studiosp@studiosp.org)
Informações:11 3817.5425
Mais? http://www.myspace.com/bandaeddie
Dia 17 Abril Pro Rock no Via Funchal
Há 15 anos, todo mês de abril acontece em Recife o Abril Pro Rock. Para comemorar tanto sucesso e muita música, o Abril Pro Rock (para nossa enooooorme sorte) vem para São Paulo e Rio de Janeiro. A atração principal é Lee “Scratch” Perry, tocam também as bandas Los Alamos e The Film.
Serviço
Local: Via Funchal
Endereço: Rua Funchal, 65, Vila Olímpia
Data: 17/04
Horário: 21h
Preço: Pista 80,00
Mezanino 100,00
Camarote 140,00
Dias 20 e 21 Nação Zumbi no Sesc Pompéia
Serviço
Local: Sesc Pompéia - Choperia.
Data: 20 e 21/04
Horário: 21h
Preço: R$ 25,00; R$ 19,00 (usuário matriculado). R$ 10,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes). R$ 12,50 (acima de 60 anos e estudante com carteirinha).
Mais?
Dia 24 Volver no Sesc Pompéia
Serviço
Local: Sesc Pompéia - Choperia.
Data: 24/04
Horário: 21h
Preço: Grátis
Mais? www.volver.com.br
Dia 28 Turbo Trio no Studio SP
Turbo Trio é formado por Bnegão, Alexandre Basa e Tejo Damasceno (integrante do Instituto). O trio mistura bases de ragga com funk. Já se apresentaram na França, Holanda, Portugal e na Espanha.
Serviço
Local: Studio SP
Endereço: Rua Inácio Pereira da Rocha, 170 - Vila Madalena
Data: 28/04
Horário: 22h
Preço: R$ 15,00
R$ 10,00 na lista (studiosp@studiosp.org)
Informações:11 3817.5425
Mais? www.myspace.com/turbotrio
Dia 28 Jethro Tull no Credicard Hall
Jethro Tull desembarca no Brasil com a seguinte formação: Ian Anderson (gaita, violão, guitarra, flauta, mandolin e vocais), Martin Barre (guitarra e flauta), Doane Perry (bateria), Andrew Giddings (teclado) e Jonathan Noyce (baixo).
Serviço
Local: Credicard Hall
Data: 28/04
Horário: 22h
Preço: R$ 80,00 a 240,00
Dia 28 Fabiana Cozza no Sesc Pompéia
Fabiana é filha de Oswaldo Santos, puxador da escola de samba Camisa Verde e Branco.
Serviço
Local: Sesc Pompéia - Choperia.
Data: 28/04
Horário: 21h
Preço: R$ 15,00; R$ 11,00 (usuário matriculado). R$ 7,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado e dependentes). R$ 5,00 (acima de 60 anos e estudante com carteirinha).
Mais?
segunda-feira, 2 de abril de 2007
Um domingo na Paulista
Marina entrou na galeria e sentou no primeiro banco que encontrou vazio. Tentou limpar um pouco da sujeira que estava na saia branca. Abriu a bolsa e pegou todos os objetos que a lembrariam do passado. Colocou um a um no banco formando uma fileira. Puxou um pouco para direita a lixeira e num instante empurrou tudo para dentro do lixo. Olhou para o celular, abriu e tirou o chip. Aproveitou o momento para jogar o chip na lixeira. Caminhou até a terceira loja da galeria, entrou e comprou um chip pré pago. Já não sabia mais os números de telefone de cor, mas o que interessava nesse momento era apenas o número de Thiago, seu amante. Discou....
- Alô ?
- Thi, sou eu..... Marina
- Que número é esse ?
- Meu novo celular.
- Mudou é ?
- Escuta, sou apenas sua agora. Quero te encontrar...
- Que bom escutar isso mulher. Mas olhe só, tô com a Pri agora. Ela está tomando banho, acho que só poderei te ver amanhã.
- Nããããooooooooooooooooo. Quero hoje Thi, não to mais com Ricardo. Acabou! Acabou!
- Vc contou p/ ele ?
- Não, né ? Acabou porque tinha que acabar. Agora podemos viver juntos.
- Minha florzinha, sabe que você é tudo p/ mim né ? Mas namoro a Pri, eu amo ela. Não posso deixá-la nunca.
- E por mim ??? Sente o quê ???????
- Paixão, para não ter que dizer outra coisa...
- paixão ??
- Isso Geraldo, pode deixar, levo a pasta e os documentos amanhã para você no escritório sem falta. Imagina!!! Sem problema nenhum me ligar em pleno domingo. Até amanhã Geraldo.
- Thi, não desliga!
Marina olhou para o celular ainda alguns minutos. Não tinha mais ninguém. Estava sem Ricardo e sem Thiago. Respirou fundo. Sentiu vontade de chorar, mas achou melhor segurar dessa vez.