sexta-feira, 27 de abril de 2007

O importante é fazer

Fecho o caderno de cultura do jornal. Respiro. Balanço a cabeça para um lado e para outro e num movimento delicado atiro o jornal na parede. Bosta! Bosta de jornalismo e de jornalistas que já perderam o sentido da vida, da profissão e da ética. Perderam ou nunca aprenderam os objetivos do jornalismo. Sim, estamos em crise e ela não começou ontem e nem há uma semana. Isso vem de tempos. Triste. Louvamos aqueles que são chamados de exceção. No meio de tanta sujeira e de tanta falta de profissionalismo ainda existem aqueles que salvam o jornalismo. Não darei nome aos bois. Não é preciso.

Pra onde o jornalismo vai, eu não sei e talvez nem queira saber. Sei de como está hoje, quase do mesmo jeito que há 5 anos. Lembro de quando entrei na faculdade, me chamavam de xiita, radical máster e mais sei lá o que. Talvez eu via o que eles ainda não enxergavam. Um jornalismo chato para cacete, cheio de regras, de mal profissionais e de egos enormes. Um jornalismo mal apurado e com jornalistas trancados dentro das redações. Poucos nas ruas. Muitos na net.

As redações estão cada vez menores, poucos jornalistas trabalhando por três ganhando o salário apenas de um. E o veículo ainda custa caro nas bancas. Profissionais não enxergam o futuro e muito menos reparam no presente que vivem. São cegos ou surdos ? Quem quer pagar para ler informação ? No mundo de hoje a Internet dá todos os tipos de informação sem pagar nada para o determinado veículo. Existem ainda os blogs que furam atualmente todos os jornalistas noiados em garantir seu único furo de reportagem. Pasmem! Ainda prefiro aquele que dá por último a notícia, mas com muito mais conteúdo. Às vezes me pergunto se esses que trabalham, criam e produzem no meio da Internet já leram algum livro do Pierre Levy. E tiro minha própria conclusão: Não. Deveriam viu? Uma ótima e obrigatória leitura para quem quer mexer com a Internet.

Volto aos jornais chatos. Jornalistas de mal com a vida só sabem criticar a música que vem do nosso país. Dão espaço apenas para os gringos, que normalmente são bandas que reproduzem o som dos anos 60 e 70. Totalmente retrô. E ainda tenho que ler que é inovação. Hahahaha inovação é o que acontece aqui meus caros. Pesquisem, procurem, a cada dia surge uma banda melhor nesse país que inventa um novo jeito de fazer música. Mistura, mistura e mistura. Pronto. Fica um som incrível e mesmo assim não são pautados nos jornais.

E de que adianta só criticar ? O importante é fazer diferente. Me aguardem, a xiita finaliza projetos e quando estiver pronto, aviso vocês.

4 comentários:

Anônimo disse...

oi minha lindona!!! irmanita da minha vida!! demorei mais entrei!!como é bom ver nossos amigos fazendo o que gostam e poder compartilhar isso com eles! vocês são meus orgulhos!! os jornalistas do futuro, de onde ainda podemos ainda tirar alguma esperança...amo voce demais minha flor!espero tê-la sempre por perto, sempre a estarei aplaudindo viu!um beijo enorme dessa amiga doida e desnaturada...

Mari disse...

Uau! Acho q foi por isso que mudou o tempo hoje. Vc por aqui !!!! Adoooooooooooorei.

AD Luna disse...

aeeee!! arrasou!! vamos detonar o jornalismo indie, branco e anglo-saxônico! haha beijos

Mo disse...

Mari, amiga-irmã caçula.. (desculpa Alessandra), muito bom seu texto.
Adorei.
beijao, Mo