terça-feira, 26 de maio de 2009

"Você ainda não me viu de pijama sorrindo, a brincar ... eu vou te amar (sharararara)"

Podemos dizer que o negócio foi longe. Podemos dizer também que foi profundo. Durante alguns minutos não era eu. Era qualquer resquício que sobrou de uma tentativa concreta e abstrata de lavagem. Faltou o sal, a água da chuva e as pétalas de qualquer flor. Mas sempre tem algo ou mesmo alguém que faz a transformação. Dizem por ai, que já transformaram a água em vinho. Hoje, pegaram a minha única e pequena semente que restou em meu próprio corpo e transformaram em árvore. Não é religião, não é crença, não é fé. Tão pouco é amizade, coleguismo ou confiança pura. Não é mentira e nem verdade. E muito menos ensinamento. É cósmico, apenas e somente cósmico...

Que o circo ainda está com suas diárias apresentações, e eu continuo vendendo os ingressos com 50% de desconto e que, no fim do espetáculo, eu não estarei gargalhando e nem batendo palmas, estarei apenas espalhando pétalas de qualquer flor pelo chão, se possível, onde os pés do público pisarem. Porque enquanto tem gente rindo em conjunto, eu prefiro rir sozinha em silêncio, e guardar o riso no baú, onde estão todas as cartas. Já que não são escritas por mim e não serei eu que as levarei aos destinatários. Que eles venham ao encontro delas na hora certa.

O desabafo virou recado. Assim, num estalo de dedos. E ninguém procurou saber se aquilo mesmo era um recado. Como ninguém procurou seus devidos problemas, apenas a pedra mais próxima. E não só a pegou, mas como a atirou...no alvo. É fácil apontar. Difícil é escrever sua própria história com o mesmo lápis sem precisar se viciar no apontador. Meia palavra basta.

No ralo: histórias que escorrem. Quem ficou? Você conseguiria me responder? Conseguiria? E quem acreditou? Em pequenos gestos, a estampa no rosto: o caráter. As pessoas mudam e muito. Tenho exemplos concretos de amigos que mudaram da água para o vinho e de vinho fraternizaram-se; e amigos que de vinho foram para água, e mesmo assim, não secaram a sede de quem mais precisava se hidratar. São fases e elas passam. Que eles continuem na batalha, que assim, no final do ano, provavelmente eles sairão do rebaixamento para a primeira divisão. Pode acreditar! Tem gente que veio ao mundo ensinar como se vive. Alá! Eu não vim! E sou grata por isso.

Na placa da estrada: Lo que no se puede decir no se dice y lo que no se pueda contar no se cuenta! Sem preconceitos e sem medo, retire da manga o Às de Copas, e guarde o Às de Espadas. Um dia alguém me deu essa dica. E lembre-se que isso não é um recado, nem uma história e nem um drama. Isso é apenas algo lá de cima, onde “até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas." Charles Chaplin

sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Que é bom desconfiar dos bons elementos"

Ela avisa num tom de ragga: Que é bom desconfiar dos bons elementos! Se eu fosse você eu já teria descofiado, até porque quando a máscara cair, confesso que não gostaria de estar na sua pele. Cada um com sua escolhas. E a Céu soube muito bem escolher suas novas músicas. Passa lá e escuta!!!

"Você não sabe quanta coisa eu trouxe de lá, de onde você nunca vai estar"

Vontade. Com ela eu resumo tudo aquilo que gostaria de explicar. Se você tem vontade, meu amigo, pode ter certeza que já é meio caminho andado. Depois da vontade, vem o esforço, o suor, a correria, o empenho, e quem sabe, o dom. Quando a gente fala da Vontade Superstar, pode até vir esforço, o suor, a correria e o empenho. Mas eu afirmo que depois dessa vontade, antes de qualquer esforço e suor, vem à palavra dom seguida diversas vezes. Vem comigo. É mais ou menos assim: O mundo passa por mim todos os dias enquanto eu passo pelo mundo uma vez... Atenção! O foco não é aqui. Transporte, por favor, o seu olhar até o palco. Vale a pena, e muito. De baixo de luzes, quatro chapéus e atrás daqueles cinco personagens, um filme. Bem do tipo gangster. Mas o filme é só imaginação, atrás disso tudo, está no palco Bruno Morais e sua banda. Sentada na platéia do Teatro do Sesc Pompéia, eu não parei de aplaudir. Fazia um bom tempo em que eu não via algo tão bom ao vivo. Bruno mostra que presença de palco é pouco para ele. Bruno é o dono do palco e sabe muito bem dividi-lo com sua banda, que por sinal, é sensacional. É, a vontade está no altar e viva ela…

O show acontece por um motivo: lançamento de seu segundo disco A Vontade Superstar. O teatro está cheio e chove muito lá fora. As letras cantadas por Bruno viciam: Super poderes você não tem mesmo, é você quem não quer superar, você provavelmente deve ter vindo do inferno para me atazanar, você vai ver, gente assim não vai pra frente, estaciona, para, não sai do lugar. A ordem das músicas no show é a mesma que no CD. Até porque, existe uma ordem que faz todo sentido. O que não faz sentido é você ainda não ter escutado o CD e não ter se viciado. Abra os olhos, reconheça, há de ventar... abra os olhos, reconheça, vento bom há de ventar....

segunda-feira, 18 de maio de 2009

E lá vamos nós!

Faz mais ou menos um ano em que me joguei pelo mundo em busca do que eu faria. Se não fosse jornalismo, seria o que? Durante sete meses resolvi viver minha vida bem vivida, daquele jeito que você experimenta quase de tudo, trabalha pouco - de preferência bem longe de um escritório - vai a praia quase todos os dias, frequenta quase todas as noites diversas baladas, viaja bastante, bate cartão todas segundas-feiras na champanheria e fica bêbeda por 5 euros. Quando voltei para o Brasil jurei de pé junto que tiraria o pé do acelerador. Mas não teve jeito: foram mais quatro meses de pouco trabalho e de muita festa. A única promessa comprida foi que eu voltaria a São Paulo para viver bem diferente de todos os 25 anos que eu tinha vivido. Taí a receita. A cidade de São Paulo não me stressa mais e muito menos me entristece. Tudo de fato mudou. A mudança era radical, já tinham me avisado, era simplesmente o fechamento de um ciclo para o início de outro. E de repente mais uma idéia. Novamente não tenho chefe e agora com um sorriso maior que meu corpo, também não tenho que ir a um escritório! Entre dizer e fazer, há com certeza uma grande diferença: Os passos! Quem faz, anda e quem só diz, vira estátua! Com um nome provisório apresento: elas! E com menos de um mês, só posso agradecer a todos meus amigos, sem vocês isso estaria estocado! Muito obrigada mais uma vez por terem acreditado em mim!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Tempo contra Tempo

Se você ainda tem dúvidas, avisarei novamente: é no contra tempo que as coisas acontecem. Você foi embora aquele dia, sem ao menos me dar tchau. Eu sei, foi o troco. Daquele dia em que você me procurou na sala e não me achou. Depois daquele beijo, eu corri. Confesso que tive medo. Achei melhor me trancar no quarto sem fazer barulho algum, parei até de respirar, e esperei lentamente você ir embora. Quando escutei o barulho da porta, sai do quarto devagar, quase parando, fui até a janela, vi você entrando no carro e dando a partida. Fui até o bar, preparei un gin com muito gelo, coloquei a música que dançamos pela primeira vez e gargalhei. E ai, o sol nasceu. Entende agora, meu bem? É simplesmente no contra tempo. Diante de uma felicidade plena, ainda pago com juros a porra da minha ansiedade. Dizem que todos os jornalistas sofrem com a maldita ansiedade. Da varanda da minha casa, eu vejo a estrada. A mesma estrada que vi muita gente partindo para um pueblo vizinho ou até um pouco distante. A casa está limpa e um pouco grande até. Pero no pasa nada! Me quedaré aqui solita, a ver cuando vosotros volvéis!!! Y lo prometo: estaré en el lugar de siempre, en la misma ciudad y con la misma gente, para que vosostros a volver no encontréis nada extraño!! Y ahora se queréis saber algo nuevo: Do desabafo ao livro

terça-feira, 5 de maio de 2009

Zrá!

Dia 5 de maio de 2009 vai ficar pra história. Se existe dia de sorte ou se isso é mais conhecido como colher as sementes plantadas, podem anotar: hoje é mais que sorte. Diante de tantas notícias boas, mais uma vez um sorriso. Um sorriso calmo e com leveza. Medo de achar que alguma hora essa alegria toda acabará. Mas não acaba, porque a cada dia, mais uma notícia, boa. Depois de 7 meses em busca do que fazer de profissão na Espanha, há um mês e pouco, descobri que estava mesmo na Itália. Antes de dormir, os pensamentos que me consumiam ligados a release, reunião, deadline, matéria publicada morreram. Hoje, eles se misturam como tintas frescas numa tela em branco, diante de cores: criações. Existe vida até aqui. Se a vida imita a arte ou se arte imita a vida, tanto faz. Sábado será melhor ainda, estarei rodeada de irmãos, mais um presente, mais uma notícia boa. E pra fechar, a praia tá ficando mais perto ainda! Feliz dia 5 de maio para todos. O dia oficial do deserto!