segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O meu erro de quase todos os dias

Eu evito falar de você, até porque ninguém entende. Porque quando eu digo seu nome, eles já me olham dizendo não, me xingam de imbecil. Mas acontece que até hoje, ninguém reparou, a não ser você, que o erro foi meu. Que quem foi a filha da puta nessa história se fez de santa dois dias depois. E não chorou, nem pelo erro e nem pela falta. Só que depois, a filha da puta que se fez de santa, tropeçou no próprio pé, deixou todas as pistas espalhadas, abriu todos os caminhos, e dessa vez, quem não estava lá para contar história, era você e não eu. É que ninguém repara, mas a gente só conta aquilo que nos convém. E colocar a culpa no outro é bem mais fácil, do que assumir a bronca sozinho. E que você foi, voltou, foi de novo e não voltou. E então só nos resta enganar a mente, enganar um monte de homem e enganar o próprio coração. E a gente acredita que esqueceu e depois, óbvio que depois, a gente erra de novo, só não sabe se pro bem ou pro mal. E que se qualquer pessoa ler isso, não vai demorar muito pra me xingar. Mas o que eu posso fazer, se é mais forte que eu? Enganar minha mente toda vez que sair com você?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O velho puro Rock, que um dia se cansou...

E então você veio,
Com o mesmo olhar de sempre,
Aquele que nunca resisti.

E depois deitamos no tapete
Para admirar o seu velho teto.
E nos esbaldamos do puro rock,
Que vinha da sua velha vitrola.

Respiramos o velho rock,
Nos beijamos com o novo rock,
Fizemos planos com o bom rock,
Construimos o mundo com o nosso rock.

E o nosso passado, presente e futuro só tocava rock,
porque era rock a nossa história.
E um dia, o rock se cansou,
Mas a gente não.

domingo, 15 de agosto de 2010

Saudade, barco, melhores amigos.

A saudade dói, isso todo mundo sabe. Mas ela dói mais ainda, quando você sabe que jamais vai viver aquilo de novo. O desejo de ver vocês pela última vez. Porque quem realmente me conhece, sabe que não consigo querer apenas um. Mas dessa vez, fui longe. Melhores amigos. Isso sim, se chama saudade, e essa saudade dói mais que qualquer outra.

Dói pelos convites que não aceitei. Se fosse hoje, teria entrado naquele barco. Em todas as vezes que você me chamou. E me arrependo de não ter sido louca a mais, quando você me chamou do barco, eu tentei de longe de te dizer, que estava indo embora. Foi nessa hora, que meu mundo parou. Minha mente borbulhou, porque tinha alguém me convencendo que era só um pulo que tinha que dar, e nadar ate você, subir no barco e pedir para me levar o mais longe possível, para eu perder o vôo e não conseguir mais voltar. Porque na verdade, essa vida me bastava. Que eu podia sim, acreditar em tudo que leu nas minhas mãos. Porque eu podia ter colocado um peso a mais em todas as palavras que você aprendeu em português. Porque seus olhares, quando baixava seus óculos escuros, dizia muito mais do que os olhares dele. Porque se eu não podia ter os dois, eu não queria nenhum. Mas hoje, sinto falta da nossa realidade vivida ali. E que seu fosse um pouquinho mais esperta, eu teria escolhido só você. Apesar do outro me enlouquecer, só de passar na minha frente.

Que na última noite, eu tentei te achar, porque estava disposta. Mas ela terminou de um jeito inesperado. Aqueles finais, que a gente enterra na areia para esquecer. Eu pensei em gritar, mas você já tava longe. No dia seguinte, não desci na mesma hora. Demorei para decidir que precisava ir pela ultima vez na praia. Então fui ate o píer, porque sabia que ali você me reconheceria, e a maior prova, foi você me olhando e mandando beijos enquanto fazia wake. Tentei gritar o mais alto que eu precisava ir embora, que alguém tinha matado a minha coragem de pular e nadar até você. E que eu ia ficar com essa imagem do píer pra sempre, e que isso ia se chamar saudade e isso ia doer.

Desculpa, sonho e realidade

Se pudesse pedir alguma coisa, pediria desculpa. Pela falta de paciência. Pela vontade de mostrar o que aprendi. Pela cegueira. Pelo cansaço. Pela vontade de dizer. Pela falta de interesse de histórias de atitudes de pessoas. Pela cara estranha de ver que um mês muda muita coisa. Por não saber aceitar, que se eu mudei, outras pessoas também mudaram.

Se eu pudesse escolher viver na realidade ou no sonho, talvez eu escolheria o sonho, só para poder voar sem ajuda de ninguém. Criaria um avião bem diferente, excluiria injeções das medicações, mandaria os morcegos para um mundo só deles e aproveitaria e criaria um mundo só para aranhas. Colocaria o mar em quase todos os lugares e pintaria pelo céu alguns arco-íris, inventaria uma ferramenta de sopro para que os dias nublados não durassem muito tempo e criaria um transporte gratuito para admirar os planetas no universo.

E ainda tem gente, que sai do cinema dizendo pra mim que não há como provar se vivemos na realidade ou no sonho.

Mais uma vez, pediria quase já me acostumando, desculpa. Pela falta de paciência em ouvir certos argumentos.