segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A caixa

O previsto aconteceria. Isso todos sabiam… menos eu.
Porque esqueci.

Então a janela abriu, assim bruscamente. Não foi o vento. Isso eles tinham certeza.
Foi o que restou. O resto do resto, apesar de mínimo, teve força para arrombar a janela e sair para nunca mais voltar... simplesmente se despediu. Isso ninguém sabia.... só eu.

Sabia que tudo se fecharia, que cresceriam paredes e teto. E que depois ainda colocariam um laço. Um perfeito embrulho; uma caixa; um presente.

O porta retrato não retrata.

O futuro. Alguém o viu? Alguém o viu passando por ai?

Avisem ele o mais rápido possível que o presente está na caixa, embrulhado, pronto para ser descoberto.

E que se por um acaso, ele cruzar o passado, avisá-lo que chegou tarde demais. Que o hoje veio substituí-lo, para voltar daqui um mês para o próximo teste.

Que chamei Agosto para dar um último role e quem sabe mais tarde, encontrar Setembro olho no olho e ver se é o destino que está se impondo, ou se é o inferno astral que está chegando.

sábado, 29 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Isto não é um cachimbo! Mas tenha certeza de uma coisa: eles morreram...

Se o mundo parasse por alguns instantes, eles não perceberiam. E se então, o mundo voltasse a girar, eles também não perceberiam. Porque estão todos mortos. Mortos de tédio, mortos de cansaço, mortos de morte morrida. Esqueceram que para tudo na vida existe um prazo de validade. Que a vida acontece fora de suas casas e que lá fora ainda existe ar novo. Que tudo está em mudança, mesmo que você não queira acreditar. Que o namoro vai terminar, que o namoro vai começar, que você vai ser contratado, que você vai ser demitido, que você vai gerar novas vidas e que alguém muito querido vai se despedir. Que você vai mudar de casa e que alguém vai habitar sua casa velha. E que você vai chorar e que depois vai sorrir. E que alguém vai te ensinar a viver, que alguém vai te machucar e que alguém vai fazer sorrir como você nunca sorriu. E que novos olhos vão tirar sua respiração e a sua respiração vai voltar leve como você nunca achou que voltaria. Que de repente você vai perder tudo e em questão de minutos, você vai receber muito mais. E ai você vai entender que não controla totalmente sua vida, que existe ali fora, alguém que não pára de girar a roda gigante e que você só está ao alcance de seus sonhos. Daqueles que você realmente acredita. Que as verdades, por mais que demorem, batem na porta de seus respectivos envolvidos. Que as mentiras tornam-se xícaras quebradas, sem utilidade nenhuma. Que a confiança depois de rompida deixa de existir e que o perdão chega no momento em que você nem mesmo acreditava. E que diante de tantas proibições, o fim não se aproxima, se distancia.

A noite de São Paulo vai bem com a lei anti-fumo. A fumaça e o cheiro ruim morrem dentro de ambientes fechados e renasce a balada da rua. Fumantes encontram-se nas portas das baladas, as ruas ganham mais movimento e esperto será quem vender cerveja gelada no isopor. A primavera se aproxima, o som do jazz de New Orleans se expande e o mar dá boas vindas. A energia ainda está canalizada, as risadas já explodiram e uma estranha manhã no jardim terá seu segundo episódio. E se você acha que não entendeu nada do que foi lido, está na hora de levantar de seu próprio caixão e sentir medo, porque uma hora tudo isso vai acabar, pode acreditar!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Guarujá, psicina e psicóloga

menina1: lembra quando a gente tinha 15 anos, falamos que iamos dormir na sua casa, pegamos um ônibus e fomos para o Guarujá só p/ pegar aquela baladinha?
menina2: putz! lembro! a gente era muito doida!
menina1: Muuuuuuuito! Entramos na balada, causamos, umas cinco da manhã pulamos na piscina da balada, lembra dissoooooo?
menina2: hahahaha. Obvio que eu lembro! Que coisa escrota!
menina1: Depois saimos molhadas, pedimos carona e fomos parar no apartamento daqueles muleques do Tortugas!!!!
menina2: Nossa! Lembra daquele apto? Nem lembro como saimos de lá!
menina1: Nem eu! Só sei que voltamos para minha casa, dormimos, acordamos e fomos embora para Sampa!
menina2: E vc falou para o porteiro: vc nao viu a gente, tá??? Nossa! a gente era muito trash!!!
menina1: Muito! Contei essa história para muita gente, já! Mas sempre pulo a parte da piscina, né?
menina2: Jura????? ahhahaha eu sempre conto a parte da piscina!!!
menina1: Nunnnnnnnnnnca!!! Contei essa história até para minha psicóloga!!!
menina2: Zuou?
menina1: Não!!!
menina2: E ai? Sua psicóloga falou o que?
menina1: Nada, né? Só ouviu!!!
menina2: Afffffffe, vc nao tocou no meu nome, né?
menina1: Claro que não, até porque não tive coragem de contar para ela que a gente pulou na psicina da balada!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Gostou? Eu gosto. Agosto!

Ah, agosto chegou! Chegou ensolarado, chegou comemorado com copos e copos de mojitos. No frio cansativo, brindei o verão. E foi assim que começou agosto. Recepcionado com boas-vindas mesmo sabendo que seria um mês difícil. Não tão quanto julho, mas sabe como é, o Sol posicionado na casa 9 e a lua ficando cheia tende obviamente a conflitos. Dizem que quando você busca o equilíbrio e você fica próximo dele, o equilíbrio então vira intensidade. Se tudo ficou normal, adianto que só vi conflitos, dúvidas, questionamentos e pensamentos. Mistura, mistura, mistura e depois grita. Agosto! Chegou assim tranquilo, e quando a tranquildade dorme, a inquietação dá bom dia. Se a promessa do ano era de mudanças e por alguns dias tive medo disso, hoje rezo por mais e mais. Bonito seria pedir menos e agradecer mais. Mas a sede parece maior e hoje comecei a acreditar que ela tem o tamanho certo.

Agosto veio com novidades, com desejos, com idéias e com vontades de criar. Veio com encontros agradáveis, com pessoas distantes, com segredos trocados, com a tristeza divida e com certos sorrisos tímidos. A trilha sonora conquistou mais alguns ouvidos, os museus abriram novamente as portas e as aulas serão novas. Resumindo, é quase um passeio de balão para ver os cometas en cielo! Bom agosto para você também!