segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Cadê?

Sem calma nenhuma, venho aqui gritar: Será que a gente pode ter mais calma? Quem foi o filho da puta que falou que esse ano era calmo? Seria tranquilo, com estabilidade, sem muitas mudanças, que seria regido por amor? Quem foi que falou, porque sinceramente, eu preciso ter uma conversa a dois. Lembro ainda de quando deu meia noite no dia 1 de janeiro de 2011, eu estava na praia, segurando o coração dizendo que estava tudo bem, que estava sentindo a calmaria, que esse ano seria tranquilo, e que eu não precisava ficar com medo. 1 minuto depois, sem querer num brinde, quebrei meu copo, dois minutos depois, Iemanjá roubou minhas havainas e fiquei descalça o resto da noite. 3 minutos depois, fiquei indo e voltando para o mar, porque tinha esquecido de pular uma onda, para um desejo, para um sonho, para um projeto. Mesmo assim, eu sabia que o ano seria tranquilo. Dois dias depois, eu estava no mar cheio de ondas, berrando tudo o que eu podia, porque a minha alma berrava. Bastava pouco para saber, alguém tinha acordado dentro de mim, e essa pessoa queria sair, queria construir todos os sonhos em realidade. E eu tentanva acalmá-la dizendo que teriamos que esperar um poquinho para tudo isso acontecer. O que importa na verdade, não tem nada a ver com isso acima. Aconteceram coisas nesse começo de ano, que não sei se vou pela esquerda ou pela direita. Amigos pedem carinho e isso é a única coisa que sei fazer, é abraçar com toda força possível, sem dizer nada. Porque palavras são só palavras e elas não fazem sentindo nenhum para mim. Quebrei, quebrei a regra que eu mesmo criei. Disse no último post que não escreveria mais nesse blog, enquanto eu não consiguisse atingir a minha última transformação. Não cheguei na transformação e voltei a escrever, antes que eu explodisse em qualquer esquina dessa cidade. Achei por algum motivo que conseguiria viver sem escrever, mas não consigo. A loucura bate em minha porta e fico trancada em silêncio fingindo que não tem ninguém. A alma berra gente, e às vezes doí. E na menina meiga que existe por fora, esconde a mulher que poucos conhecem. Mas nem a menina e nem a mulher ainda sabem brincar sem amor, sem sentimento, sem carinho. Existe carinho, sempre. Por isso, eu não sei o que posso dizer. Porque eu queria dizer muito, mas não posso. Porque a mente berra, a alma quer sair, o fogo me espera, mas não sei se suportaria o tempo exato de permanência. E nessa mistura, não existe ódio. Porque construir as coisas em cima do ódio, se constrõe rápido, mas demora um bocado depois para tirar o ódio do corpo. Hoje, a construção é a base do amor e eu não esperarei o amor de volta. Eu só quero calma, tranquilidade e paz.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Porque hoje eu me despeço...

Não sei como começar, e isso sempre foi normal. É mais fácil começar pelo meio ou pelo final. Acontece que esse ano não começou como o prometido. A alma acordou e berrou, o coração bateu mais forte, e os sonhos gritaram mais alto do que podiam. A liberdade mais uma vez bateu na minha porta. E dessa vez, tive dúvida e ao mesmo tempo certeza. Preciso de um tempo, como nunca precisei. Porque agora está certo. Para que todas as mudanças aconteçam, preciso antes mudar a última coisa em mim que vem se estendendo por esses meses. Se estamos no momento de transformação, é nisso que mergulharei. E pra ser sincera nas minhas palavras, só voltarei a escrever nesse blog, quando tiver alcançado essa mudança. Eu vou berrar o amor e chorar delicadamente a tristeza sem escrever. Poderei até lá explodir, mas é necessário, porque desde que ouvi a frase do hermano, nunca mais fui a mesma: precisamos desaprender para aprender. Me despeço só por algum tempo, e quando voltar, pedirei ajuda, porque precisamos olhar de dentro pra fora. Porque faz tempo que certos conceitos, ideias e palavras mudaram. Porque a vida é mais simples do que parece e mais leve do que podemos acreditar.