sexta-feira, 26 de março de 2010

Na espera de um vento!

Então me diz, é destino?
Ou é a força do pensamento?

As ruas de São Paulo voltam a ficar pequenas.
Se vira à esquerda, esbarra em alguém,
se vira à direita tromba com outro alguém.

Quem escolheu?
Quem decidiu?

Sementes plantadas no ano passado, crescem com forças.

Sonho, realidade, e planos.
Se nada der certo, o lugar já está escolhido.
Podem rezar, podem não rezar.
Algo me diz que estou jogada ao vento, esperando o destino me levar.

Quando os dois olhos abertos olham para o teto, só um desejo.
Quando os olhos se fecham, mais de um desejo.
Alguém um dia me disse para se focar em apenas um.
Nunca consegui.
Semprei chorei e sempre desejei mais que um.

Então quer dizer que é verdade?
Silêncio, por favor.
Já é tarde
e você se atrasou.
O coração encontra-se l-a-c-r-a-d-o.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sentada na frente do novo graffiti inacabado dos Gêmeos na parede do MAM: um trilho de trem, que te convida para uma viagem no qual o sonho se derrete em tons de laranja e amarelo, e se mistura com a explosão de vontades e desejos do mundo real, e então, o colorido invade além dos muros. No mundo irreal, as crianças passam, param e reparam. Compram - sem pagar nada - pelos bilhetes da próxima viagem.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Depois do Antes

Já entendi tudo.
Por isso resolvi apagar tudo de minha mente.
Esqueci para nunca mais lembrar.

As folhas do cardeno não existem mais.
Arranquei para nunca mais ler.

O telefone tocou e eu atendi.
A culpa foi só minha.

O telefone tocou e eu não atendi.
A culpa foi só sua.

Esperei para ver,
esperei para sentir,
esperei para esquecer.

Você não tocará a campainha novamente,
porque simplesmente arranquei da entrada.

Nem mais, nem menos.
Explicações não vieram acompanhadas de palavras,
Vieram através de atitudes não tomadas.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bate Rebate

Do outro lado da estrada, sozinha, pensando no que não se deve pensar, ele chega, sem avisar, sem barulho, sem nada programado. Senta ao meu lado e segura a minha mão, me conforta no seu silêncio interrompido de sua forte respiração. Olha em meus olhos e me convence a deixar aquilo que nem eu mesma acreditava.

Não. Não duvide, não ache, não desconfie. Pergunte. Porque a resposta será sim. As energias curam, equilibram e purificam. A partir daí, não tem mais volta. As energias que se encontram são as mesmas. Não há coincidência. É realidade, destino, vidas passadas, qualquer coisa que você ache melhor acreditar. Energias distintas não se encontram, quando procuram um contato, bate e volta, porque não existe mais conexão. Então venha, porque a sorte virou. Virou para todos, se é que você quer acreditar.

O silêncio,
os corpos afastados,
os olhos se cruzam.

Não há o que dizer,
tudo se encaixa
e quando não encaixa,
é teimosia.

Bate rebate.

terça-feira, 9 de março de 2010

O Sexto Sentido De Novo

Foi ele que me chamou de canto e me avisou baixinho que me apaixonaria por você assim num piscar de olhos. Eu ri. Disse que não seria possível. Que esse ano tudo seria diferente. Não entregaria meu coração assim de bandeja.

Mas aquele olhar no qual você invadiu meu corpo e sugou meu sangue por inteiro, não deixou nenhuma gota, nem um pingo, nem um rastro. Foi naquele dia, que eu fechei os olhos, coloquei a mão no coração e admiti que o sexto sentido avisa sim com antecedência.

Que então, eu poderia me entregar, porque aquilo tudo ali era sincero, era puro, era inocente. Mas o nosso amor era proibido. Carregava o peso de um elefante. Era uma estrada interditada.

Se o sexto sentido me avisa do perigo, digo que existe alguém lá em cima me testando. A história não tem parte II e nem se chamará carpe diem. Que os patos e os canários o digam. Não têm fim, nem ponto final, só reticências.

Sentada no sofá, a fumaça não que sair. As palavras continuam soando em meus ouvidos. A hora errada volta e se transforma na certa. Pode ser daqui 2 dias, daqui 2 meses, daqui 2 anos. Mas ela existe. E isso, eu não preciso te contar, você sabe melhor do que eu.

segunda-feira, 8 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Out

Ahhhh, se o mundo quisesse me ouvir. Ouviria berros mais alto que as cordilheiras espalhadas por ai no planeta Terra, escutaria meu choro de desespero e se pans, se desesperaria comigo. Depois me acolheria ao ouvir meus sussuros e me abraçaria no colo com um cafuné daqueles inesquecíveis.

Jazz.

“Eu não vou mudar, não. Eu vou ficar só, mesmo se for só, não vou ceder”

Eu vou subir, como sempre subi. Vou matar o jardim nada florido e vou plantar outro. Um dia abriram meu chão, o mundo desabou e eu não quis ver, quis não sentir. Ainda não quero. Mas a saudade só aumenta.

Ai vem, uma atrás da outra. Seguida. Derruba. Esfaqueia. Desembrulhei a caixa, recebi o presente mais lindo, mas por ironia do destino tive que devolvê-lo. Ai eu te pergunto: Quer brincar de bem-me-quer e de mal-me-quer, mais uma vez? Sem você responder, eu respondo, agora não.

Então por favor, não toque a campainha e nem bata na janela. “É bom às vezes se perder, sem ter porque, sem ter razão”. Cansei. Fiz minhas malas, eu vou para outro lado da estrada ver se o mundo de lá tá mais suave. E se alguém me procurar, fala que estou fechada pra balanço.