segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Se for real ou irreal, não importa.

Quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu lembro de você.

Lembro daquilo que não vivemos.

Quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu sonho acordada.

Sonho com tudo que já vivemos.


Seu sorriso lentamente me acolhe, seus olhos me acalmam e a sua sinceridade me conforta.


Faz tempo que vc cruzou a minha vida, na verdade faz pouco tempo. Não importa.


Mas desde quando você chegou, sem ao menos saber, tudo mudou.


A próxima vez que o sino tocar, lembre daquilo que prometemos.


O tempo não existe.


A não ser que queira ser escravo de si mesmo.


A leveza existe, o tempo não.


Sinto saudade daquele dia em que voamos pelo céu da cidade de São Paulo, no meio das nuvens, no meio dos trovões, embaixo daquela tempestade, de nossas gargalhadas engolindo as gotas da chuva.


Eu sei que seria gulosa pedindo mais.


Mas quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu lembro de você.

E lembro daquilo que não vivemos….


Futuro?

Passado?

Presente?


O tempo não existe, mas a próxima vez que o sino tocar, lembre, por favor, daquilo que prometemos: de nos encontrarmos sempre nos nossos sonhos.


Se forem reais ou irreais…

não importa,

o nosso tempo não existe.


Então quando você terminar de ler isso daqui, me espere na ladeira, que eu já tô chegando.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Enfim o TEDxAmazônia!

Muito difícil escrever depois de tudo que já foi escrito. Mais difícil ainda é conseguir tirar tudo que está dentro de mim - que ainda tira meu sono - depois de quase um mês. Muitas pessoas me perguntaram sobre o TEDxAmazônia e reparei que a minha fala durava no mínimo 30 minutos, até que fui resumindo, resumindo, até chegar na melhor palavra que representava pra mim: transformador. O TEDxAmazônia transforma do início ao fim. Começou com um sonho e terminou com um sonho realizado.


Pra cada pessoa ficou marcada uma palestra diferente, frases distintas. Perdi as contas de quantas palestras eu chorei e me arrepiei. Perdi as contas também de quantas vezes fiquei em silêncio olhando em volta do hotel o Rio Negro e a floresta Amazônica. E quando escureceu logo após a palestra da bióloga, confesso que rezei olhando para céu para chover e quando choveu, abri os braços para sentir a chuva mais bonita do Brasil. Olhando de fora, a cada intervalo acontecia uma rede social lá fora, 500 pessoas se conectando e conversando com sorrisos maiores que seus próprios corpos. Porque ali, todos estavam com o mesmo ideal: escutar histórias de pessoas como nós, contando que é sim possível mudar o mundo. E quando eu falo mudar o mundo, não é mudar 500 mil pessoas do dia para a noite, mas é mudando uma pessoa por vez, que a mudança mundial acontece.


A palestra do Zach Lieberman que desenvolveu uma tecnologia para o graffiteiro Tempt1 continuar graffitar deitado na cama do hospital foi uma das que me marcou. A criação de uma ponte para o graffiteiro espalhar a arte pela cidade é uma atitude linda.


A parteira, o palhaço, a dançarina, o cara dos sons, cinema com os índios, todos eles, em diversificadas profissões mostraram que suas idéias, sonhos e projetos alem de ter vida, mudam a realidade de outras pessoas envolvidas. Se destoam da maioria das pessoas nesse mundo que só trabalham, realizam projetos visando apenas um objetivo: dinheiro. E talvez isso, justifique tantas lágrimas que derramei no TED, porque simplesmente ali era a excessão e uma excessão que se espalhou e espalhará mais ainda e espero que aglomere mais pessoas, que sirva de exemplos para outras pessoas.


E depois de tantos dias, ainda posso dizer que simplesmente não acabou, porque a energia ainda flue. Mais de 500 pessoas compartilhando conhecimentos, ideias, sonhos e energia no meio do RioNegro. A mãe natureza pede atenção, cuidado e carinho. Um mundo melhor - com tantas ideias e projetos como exemplo - não fica tão distante, é só acreditar, sonhar e arregaçar as mangas da blusa. Estenda sua mão e chame seus amigos, pode ter certeza: eles vão te ajudar.


E posso dizer que o TEDx é algo necessário para qualquer ser humano. Queria agradecer por existir pessoas loucas que sonharam em realizar esse evento no meio do Rio Negro, talvez eles não sabem ainda, mas sem dúvida, mudaram a vida de mais de 500 pessoas em dois dias, encheram a vida dessas pessoas de esperanças, de idéias, de sonhos, de uma consciência que devemos caminhar para o coletivo, pois quem quiser realizar algo sozinho, talvez não caminhe tão longe.