segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Se for real ou irreal, não importa.

Quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu lembro de você.

Lembro daquilo que não vivemos.

Quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu sonho acordada.

Sonho com tudo que já vivemos.


Seu sorriso lentamente me acolhe, seus olhos me acalmam e a sua sinceridade me conforta.


Faz tempo que vc cruzou a minha vida, na verdade faz pouco tempo. Não importa.


Mas desde quando você chegou, sem ao menos saber, tudo mudou.


A próxima vez que o sino tocar, lembre daquilo que prometemos.


O tempo não existe.


A não ser que queira ser escravo de si mesmo.


A leveza existe, o tempo não.


Sinto saudade daquele dia em que voamos pelo céu da cidade de São Paulo, no meio das nuvens, no meio dos trovões, embaixo daquela tempestade, de nossas gargalhadas engolindo as gotas da chuva.


Eu sei que seria gulosa pedindo mais.


Mas quando o sol entra pela minha janela de manhã, eu lembro de você.

E lembro daquilo que não vivemos….


Futuro?

Passado?

Presente?


O tempo não existe, mas a próxima vez que o sino tocar, lembre, por favor, daquilo que prometemos: de nos encontrarmos sempre nos nossos sonhos.


Se forem reais ou irreais…

não importa,

o nosso tempo não existe.


Então quando você terminar de ler isso daqui, me espere na ladeira, que eu já tô chegando.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Enfim o TEDxAmazônia!

Muito difícil escrever depois de tudo que já foi escrito. Mais difícil ainda é conseguir tirar tudo que está dentro de mim - que ainda tira meu sono - depois de quase um mês. Muitas pessoas me perguntaram sobre o TEDxAmazônia e reparei que a minha fala durava no mínimo 30 minutos, até que fui resumindo, resumindo, até chegar na melhor palavra que representava pra mim: transformador. O TEDxAmazônia transforma do início ao fim. Começou com um sonho e terminou com um sonho realizado.


Pra cada pessoa ficou marcada uma palestra diferente, frases distintas. Perdi as contas de quantas palestras eu chorei e me arrepiei. Perdi as contas também de quantas vezes fiquei em silêncio olhando em volta do hotel o Rio Negro e a floresta Amazônica. E quando escureceu logo após a palestra da bióloga, confesso que rezei olhando para céu para chover e quando choveu, abri os braços para sentir a chuva mais bonita do Brasil. Olhando de fora, a cada intervalo acontecia uma rede social lá fora, 500 pessoas se conectando e conversando com sorrisos maiores que seus próprios corpos. Porque ali, todos estavam com o mesmo ideal: escutar histórias de pessoas como nós, contando que é sim possível mudar o mundo. E quando eu falo mudar o mundo, não é mudar 500 mil pessoas do dia para a noite, mas é mudando uma pessoa por vez, que a mudança mundial acontece.


A palestra do Zach Lieberman que desenvolveu uma tecnologia para o graffiteiro Tempt1 continuar graffitar deitado na cama do hospital foi uma das que me marcou. A criação de uma ponte para o graffiteiro espalhar a arte pela cidade é uma atitude linda.


A parteira, o palhaço, a dançarina, o cara dos sons, cinema com os índios, todos eles, em diversificadas profissões mostraram que suas idéias, sonhos e projetos alem de ter vida, mudam a realidade de outras pessoas envolvidas. Se destoam da maioria das pessoas nesse mundo que só trabalham, realizam projetos visando apenas um objetivo: dinheiro. E talvez isso, justifique tantas lágrimas que derramei no TED, porque simplesmente ali era a excessão e uma excessão que se espalhou e espalhará mais ainda e espero que aglomere mais pessoas, que sirva de exemplos para outras pessoas.


E depois de tantos dias, ainda posso dizer que simplesmente não acabou, porque a energia ainda flue. Mais de 500 pessoas compartilhando conhecimentos, ideias, sonhos e energia no meio do RioNegro. A mãe natureza pede atenção, cuidado e carinho. Um mundo melhor - com tantas ideias e projetos como exemplo - não fica tão distante, é só acreditar, sonhar e arregaçar as mangas da blusa. Estenda sua mão e chame seus amigos, pode ter certeza: eles vão te ajudar.


E posso dizer que o TEDx é algo necessário para qualquer ser humano. Queria agradecer por existir pessoas loucas que sonharam em realizar esse evento no meio do Rio Negro, talvez eles não sabem ainda, mas sem dúvida, mudaram a vida de mais de 500 pessoas em dois dias, encheram a vida dessas pessoas de esperanças, de idéias, de sonhos, de uma consciência que devemos caminhar para o coletivo, pois quem quiser realizar algo sozinho, talvez não caminhe tão longe.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Por isso esqueça de tudo.

Esqueça.
De tudo.
Até daquilo que um dia eu sonhei ao seu lado.

O que eu quero que saiba,
é que ontem a noite eu lembrei de você.
E sei que lembrou de mim.
Porque eu senti e acordei no meio da noite,
olhei pela janela e vi a lua olhando pra mim.

Então volte ao passado, porque hoje não falo de ontem.
Falo de anos.
E lembrei do que a senhora do mar me contou.
Por isso,
esqueça.
de tudo.

E assim com o esquecimento, não acordarei mais de noite.
Porque ouvi o seu grito,
vi você levantando da cama e abrindo a janela.

Mas a vista já não é a mesma, né?
Por isso mesmo não tem o que imaginar.
Não lembre, não imagine, não sinta saudade.

Porque a saudade nesse caso não existe.
Eu a matei uns tempos atrás.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Flores, tintas e respeito

Recebeu as flores que te mandei?
Com elas mandei todo meu amor e carinho.

Eu sei.
Não precisa dizer nada.
Mas saiba que isso é consenquência de suas atitudes.
Eu deixei tudo na sua mão, lembra?

E você, o que fez mesmo?

Eu achei uma versão sua melhorada.
Daquelas que te deixa sem ar no pulmão,
e o coração apertado quando recebe um sorriso.

Não quero misturar as coisas.
Mas sem razão, misturei as tintas no muro.
E a mensagem agora, diz o que você ainda não sabe.
Que amor antes de ser arte, é respeito.

Preciso ainda te dizer mais alguma coisa?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um mundo diferente

É tudo muito estranho. Talvez seja mais fácil contar por aqui. Por sinal, faz tempo que não se fala de outra coisa a não ser do sentimento amor, de doçura, de tristezas, de becos sem saídas, de amores colecionados que só se referem aos homens. Escrever hoje isso daqui, me relembra momentos em que eu descobria coisas da vida em Barcelona e achava que deveria dividir por escrito nesse blog.


Acontece que algo está mudando. Acredito que seja para melhor. Talvez seja os 28 anos. Já me avisaram que é um ano de mudança forte e de compreensão. Me disseram também que pode ser Saturno dando mais volta ao redor do nosso planeta. De uns tempos p/ cá, aconteceram encontros, palavras e conhecimentos trocados intensamente. Coisas que foram colocadas em momentos certos e uma compreensão acompanhada de sentimentos de paz. Alguma coisa acontece. É fato.


O que eu quero dizer é que precisamos desaprender para aprender. É isso que vou tentar explicar. Depois de tantos momentos estranhos e que fazem todo o sentido, cheguei ao um lugar sagrado, conheci pessoas incríveis e reencontrei outras por um acaso.


Um lugar que só transmite paz, que te leva a pensar no seu interior e num coletivo, a nova era, que já é tão antiga. Um indio peruano inca. Parece mentira, eu sei, mas era fora do tempo, por sinal o tempo não existia. Enquanto pessoas decidiam a política do país, eu estava num ritual, pensando e discutindo o Planeta Terra. O que podemos fazer pela natureza? O que podemos fazer para nós mesmos? Como exigir mudanças num governo, num planeta, se a mudança tem que vir antes de você? Onde está a paz? O que vc realmente acredita? Quais são seus sonhos? Onde vc deposita a sua energia? O que vc faz por vc, pelos outros e pelo mundo?


Difícil explicar quando isso é tão novo, tão delicado, tão completo e tão renovador. Lembrei de muita gente, pedi muito por coisas simples e esquecidas. A responsabilidade e a consciêcia pela luta cheia de paz para um mundo melhor. Ideias, conceitos e sentimentos. Uma renovação para cada um, de modo diferente, num tempo necessário para cada um. Se alguém se preparava para uma grande mudança daqui 5 dias, teve na lata antecipado.


Pra quem quer saber, eu justifiquei meu volto. Não me culpo nem por um segundo. Existem coisas na vida, que prefiro ficar de fora, prefiro arregaçar as mangas da minha blusa e fazer com as próprias mãos. Não acredito no governo, não acredito em mentiras. Eu não quero compartilhar esse ódio que as pessoas estao transbordando para o mundo. PSDB e PT viraram times, onde as pessoas ficam se xingando porque um votou naquele partido e outro voltou no outro. Depois ficam se cobrando, culpando outras pessoas por a Dilma ter ganhado a eleição. Eu não quero fazer parte dessa coisa retrô. Sim, isso p/ mim é muito retrô. É não respeitar a opinião de cada um, é querer colocar a culpa do país em pessoas que decidiram votar num partido diferente do seu. É muito fácil colocar a culpa no outro, dificil é disponibilizar seu próprio tempo p/ tentar construir algo positivo criado pelas suas próprias mãos.


Penso num coletivo, formado pela união de pessoas que tentam de algum modo discutir coisas que tem alcance, que olham para o mundo com uma visão diferente, que tenham vontade de fazer e construir coisas que possam mudar o dia, a semana, o mês, ou até a vida de alguém.


Cada um na sua. Busco por tudo isso acima. Quem for contra, tudo bem, ainda estico minha mão e dou um abraço daqueles gostosos de dar e de receber.


O que o hermano indio falou diversas vezes nesses dois dias, é uma frase que faz todo o sentido quando lembro dela: desaprender para aprender.


Sejamos humildes e lembramos de tudo aquilo que sabemos na teoria, mas esquecemos de colocar em prática. Se quiser discutir política feita pelos governantes, prefiro não estar sentada na mesa, mas se quiser discutir ideias, projetos e sonhos que podemos nós mesmo fazer e colocar em prática, é só me chamar.


Voltei renovada, cheia de energia e com posturas diferentes. Queria agradecer mais uma vez a todos que estavam lá e principalmente para as pessoas que me levaram sem querer. Obrigada, porque vocês mudaram a minha vida em dois dias. Voltei para a cidade com uma paz que nunca senti, dividi esse momento com pessoas importantes na minha vida, consegui falar para elas tudo que eu queria de uma forma simples e linda. Encontrei quem eu quis e até pessoas que achei que nunca encontraria ontem. Ayala!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O que restou?

Me despeço hoje. Não, não queira falar o que não deva. Não preciso de conselhos. Eu vou embora e pronto. Simplesmente eu não quero mais, apesar de ser bom pra caralho, se é que ainda quer saber. Mas chega. Não dá mais. É só olhar pra mim, o que restou?


Você sabe me dizer?


Claro que não. Essa resposta é só minha e digo que restou sujeira.


Sujeira acumulada de dias insanos, de noites mal dormidas, mal bebidas, mal conversadas.


A vida continua correndo, e eu, por mais calma que esteja, continuo correndo atrás dela. Tentando agarrar o bondinho, pra finalmente ele me levar pra bem longe.


Quero passear, quero andar na mesma velocidade que gira o mundo.


E nessa loucura, preciso antes te dizer tchau.


É difícil, eu sei.


Mas preciso voltar a ser a Mari.


A outra Mari.


Porque na verdade são duas, que brigam, que discutem, que tentam ceder e que tentam se equilibrar.


Uma minha luta diária.


E antes, que só fique os restos,

eu me despeço.


Espero que entenda.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A página que te interessa!

Introdução


Você olhou de novo e não se segurou,

porque eu tava lá só por você.

Óbvio, que me fiz de difícil, fingi que não te vi.

Mas eu estava esperando por esse momento,

Porque seus olhos dizem até aquilo que eu não quero saber.

E desde o primeiro dia, eu sabia.

Avisei quem estava perto que aquilo ali era bom demais

E de tão bom, não podia acabar.

E não acabou.


Pula a página.


Só não venha me machucar, porque eu esperei.

Sabia que não era a hora certa.

E enquanto não chega a hora, eu vou continuar esperando.

Só quero que saiba.

Porque existe espaço, não?


Mais uma página.


Quantas chances eu tenho que te dar?

Elas esgotam sabia?

O tempo escorre e a minha paciência junto.

E ai, eu poderia dizer que está tudo em suas mãos.

Só não me culpe depois.


A última página


Aquela noite foi interrompida pelos bêbados e também pela falta de minha voz.

Mas se prepare, porque da segunda vez não passa.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Corre, Mari, Corre!

Não queria deixar isso registrado, confesso. Mas é mais forte que eu. Porque quando a gente escreve, acontece. E talvez, não quero que aconteça. Por isso não queria deixar registrado. Mas, como eu disse, é mais forte que eu.


De trás, eu vejo, o que eu não gostaria de ver. Porque apesar de não ser meu ainda, já existe no virtual. E isso, não quer dizer, que seja por meio de tecnologias. É o virtual que existe desde os homens da caverna. O virtual é construído puramente no imaginário, das nossas mentes. Como eu disse, já existe no virtual.


Então, no meio do gelo, eu pergunto: eu deveria assistir ou deveria intervir?


A dor escorre pelos ouvidos, o coração congelou e o pulmão ainda pede por um ar mais puro.


Na dúvida corri, como uma criança que corre em direção ao colo da mãe. No meio de uma noite gelada, sozinha na rua, parei e o mundo continuou girando.


Porque o mundo gira independente da sua dor.


Voltei ao passado desse mesmo ano, andei pelas ruas em plena madrugada na espera do impossível.


E depois de tantas páginas viradas, tem sempre alguém que te manda um sinal e advinha o que eu fiz? Passei reto. Pra chegar em casa depois sem ar e perguntar a mim mesma: porque mesmo você fez isso?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Se eu pudesse...

Se eu pudesse falar, falaria que quando eu namorava, te olhava pensando se um dia a gente se encontraria por ai descompromissados. Porque os nossos olhares eram maiores que os nossos corpos. Mas por respeito, eu me guardei, esperei. Dai, nos encontramos, eu solteira e você mal-resolvido-com-a-sua-mina. Perdi o respeito, eu sei, não me aguentei, te apertei, como se o amanhã nao existisse. O respeito voltou, então te deixei partir e espero até hoje, o dia que a gente vai se encontrar sem a porra desse respeito.


Falaria que estou procurando qualquer coisa que me distraia e não faça eu pensar em você. Porque pensar em você me faz bem, mas está longe de ser só meu. Porque quando a vida me entregou o presente mais lindo e por ironia do destino tive que devolve-lo, ela me mostrou que na vida existem coisas, que simplesmente devemos saber esperar. Eu esperei e você chegou querendo me marcar e roubar meu coração.


E infelizmente te falaria que meu coração não pode ser roubado e por medo, puramente medo, estou prestes a entregá-lo de bandeja para qualquer pessoa que passe por mim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vírgulas

Então me mostra em qual buraco que cai.

Me avisa, me chama e me tira dali.


O tempo está correndo, e eu ainda espero a resposta, porque não posso acreditar que só exista essa.


Quero dizer muito mais. Quero dizer que fui dar o xeque-mate. E não consegui na hora h. Fui dar um ponto final nessa história toda e só consegui colocar uma vírgula. Uma não, milhares.


E o role que era finito, virou infinito.


Que a vida chegou para ficar do jeito que ela sempre foi: simples.


E é na simplicidade que vou dançar de branco no meio do mar, vou convidar as arraias para dançar comigo, vou me banhar com a lua cheia e vou cantar para Iemanjá.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mentira

E do real, virou virtual.
E do virtual virou real.
Até onde existe a ponte?
E se a ponte não existe, até aonde a gente vai?
Vem, que eu te levo junto para outro lado da história.

Não precisa entender.
É exatamente isso que quase ninguém entende.
A não ser eu e você.

Lembra da parede?
Ela também nunca existiu.

Se isso explica alguma coisa?
Claro que sim.
É só lembrar das palmas.
E do jazz.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A carta mais sincera

Porque ontem na estrada, eu te entreguei talvez o cartão mais bonito que já escrevi.

Com as palavras mais sinceras que sairam da minha boca.

Eu te perdoei da maneira mais simples e mais leve.

Porque falei tudo aquilo que um dia você esperou sentado na mesma poltrona.


Porque não olhei em seus olhos por falta de oportunidade.

E mesmo assim, eu sei que você me escutou e sei que me entendeu.

Porque o tempo passa rápido e quando a gente menos espera, se liberta.


Porque depois de tanto tempo, a gente aprende a não ser mais prisioneiro de alguém.

Porque levei um tapa na cara bem dado em Paraty e talvez jamais esqueça desse dia.

Porque o tapa doeu e a minha alma chorou. Por saber que a culpa sempre foi minha.

E então, depois de tanta dor, te libertei, não só você, mas a mim mesma.


E te agradeço por isso eternamente.


E agora eu posso dizer adeus.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Un ciclo inacabado

Fecho os olhos, tudo se desconstrói. Os prédios se desmoronam, as ruas deixam de existir, as pessoas caem em buracos invisíveis. Os lados estão bloqueados, os gritos, os choros, tudo junto, descontrolam e destroem os meus ouvidos.


Lentamente se aproxima o barulho do mar. São elas de novo, as ondas, em minha direção, cada vez maiores. A única coisa que me resta, é prender a respiração e mergulhar.


Abro os olhos, enxergo apenas você. A energia branca invade meu corpo, me acalma e me anestesia de paz.


DeSorDem.


A onda, maior que o prédio desmoronado, me leva para o infinito.


E de infinito eu me alimento.

domingo, 12 de setembro de 2010

Me.diz

Então me responda a minha única dúvida: já me conhece tanto assim? Ou isso é molecagem?


Diante da fogueira, a noite acontecia e lentamente, sem quase ninguém perceber, estrelas iam em diração ao céu. E isso, me causava uma certa inveja.


Quem mandou planejar?


Fui na festa só para te encontrar. Só para conseguir realizar meu plano secreto que ficou preso naquele mesmo jardim no nosso passado.


E se o plano secreto se baseava somente em vingança crua, todos sabiam que isso não me levaria a lugar nenhum. (menos eu). E nao me levou, até porque você não tava lá.


E bem distante disso, estou parada no espaço…. esperando você me perguntar se eu já sei responder se é quimica, fisica ou literatura.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Porque

Porque esperei e você não ligou.
Tentei entender e depois esqueci.
Esqueci porque você também deve ter esquecido.
E quando a gente esquece, tudo aparece.

Então você veio,
fingi que não queria,
me olhou daquele jeito,
e eu não resisti.

Só não me pergunte até quando,
porque do jeito que tá,
tá bom.
entendeu?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O meu erro de quase todos os dias

Eu evito falar de você, até porque ninguém entende. Porque quando eu digo seu nome, eles já me olham dizendo não, me xingam de imbecil. Mas acontece que até hoje, ninguém reparou, a não ser você, que o erro foi meu. Que quem foi a filha da puta nessa história se fez de santa dois dias depois. E não chorou, nem pelo erro e nem pela falta. Só que depois, a filha da puta que se fez de santa, tropeçou no próprio pé, deixou todas as pistas espalhadas, abriu todos os caminhos, e dessa vez, quem não estava lá para contar história, era você e não eu. É que ninguém repara, mas a gente só conta aquilo que nos convém. E colocar a culpa no outro é bem mais fácil, do que assumir a bronca sozinho. E que você foi, voltou, foi de novo e não voltou. E então só nos resta enganar a mente, enganar um monte de homem e enganar o próprio coração. E a gente acredita que esqueceu e depois, óbvio que depois, a gente erra de novo, só não sabe se pro bem ou pro mal. E que se qualquer pessoa ler isso, não vai demorar muito pra me xingar. Mas o que eu posso fazer, se é mais forte que eu? Enganar minha mente toda vez que sair com você?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O velho puro Rock, que um dia se cansou...

E então você veio,
Com o mesmo olhar de sempre,
Aquele que nunca resisti.

E depois deitamos no tapete
Para admirar o seu velho teto.
E nos esbaldamos do puro rock,
Que vinha da sua velha vitrola.

Respiramos o velho rock,
Nos beijamos com o novo rock,
Fizemos planos com o bom rock,
Construimos o mundo com o nosso rock.

E o nosso passado, presente e futuro só tocava rock,
porque era rock a nossa história.
E um dia, o rock se cansou,
Mas a gente não.

domingo, 15 de agosto de 2010

Saudade, barco, melhores amigos.

A saudade dói, isso todo mundo sabe. Mas ela dói mais ainda, quando você sabe que jamais vai viver aquilo de novo. O desejo de ver vocês pela última vez. Porque quem realmente me conhece, sabe que não consigo querer apenas um. Mas dessa vez, fui longe. Melhores amigos. Isso sim, se chama saudade, e essa saudade dói mais que qualquer outra.

Dói pelos convites que não aceitei. Se fosse hoje, teria entrado naquele barco. Em todas as vezes que você me chamou. E me arrependo de não ter sido louca a mais, quando você me chamou do barco, eu tentei de longe de te dizer, que estava indo embora. Foi nessa hora, que meu mundo parou. Minha mente borbulhou, porque tinha alguém me convencendo que era só um pulo que tinha que dar, e nadar ate você, subir no barco e pedir para me levar o mais longe possível, para eu perder o vôo e não conseguir mais voltar. Porque na verdade, essa vida me bastava. Que eu podia sim, acreditar em tudo que leu nas minhas mãos. Porque eu podia ter colocado um peso a mais em todas as palavras que você aprendeu em português. Porque seus olhares, quando baixava seus óculos escuros, dizia muito mais do que os olhares dele. Porque se eu não podia ter os dois, eu não queria nenhum. Mas hoje, sinto falta da nossa realidade vivida ali. E que seu fosse um pouquinho mais esperta, eu teria escolhido só você. Apesar do outro me enlouquecer, só de passar na minha frente.

Que na última noite, eu tentei te achar, porque estava disposta. Mas ela terminou de um jeito inesperado. Aqueles finais, que a gente enterra na areia para esquecer. Eu pensei em gritar, mas você já tava longe. No dia seguinte, não desci na mesma hora. Demorei para decidir que precisava ir pela ultima vez na praia. Então fui ate o píer, porque sabia que ali você me reconheceria, e a maior prova, foi você me olhando e mandando beijos enquanto fazia wake. Tentei gritar o mais alto que eu precisava ir embora, que alguém tinha matado a minha coragem de pular e nadar até você. E que eu ia ficar com essa imagem do píer pra sempre, e que isso ia se chamar saudade e isso ia doer.

Desculpa, sonho e realidade

Se pudesse pedir alguma coisa, pediria desculpa. Pela falta de paciência. Pela vontade de mostrar o que aprendi. Pela cegueira. Pelo cansaço. Pela vontade de dizer. Pela falta de interesse de histórias de atitudes de pessoas. Pela cara estranha de ver que um mês muda muita coisa. Por não saber aceitar, que se eu mudei, outras pessoas também mudaram.

Se eu pudesse escolher viver na realidade ou no sonho, talvez eu escolheria o sonho, só para poder voar sem ajuda de ninguém. Criaria um avião bem diferente, excluiria injeções das medicações, mandaria os morcegos para um mundo só deles e aproveitaria e criaria um mundo só para aranhas. Colocaria o mar em quase todos os lugares e pintaria pelo céu alguns arco-íris, inventaria uma ferramenta de sopro para que os dias nublados não durassem muito tempo e criaria um transporte gratuito para admirar os planetas no universo.

E ainda tem gente, que sai do cinema dizendo pra mim que não há como provar se vivemos na realidade ou no sonho.

Mais uma vez, pediria quase já me acostumando, desculpa. Pela falta de paciência em ouvir certos argumentos.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Y ahora estoy aqui, enamorada de ti!

Foi assim que tudo se misturou. De repente, levantei da cama e ja estava tudo pronto. Tudo misturado como se fossem tintas coloridas. As ruas ja estavam com areias. Os barcos ja estavam aparcados. A lingua, ja era mais portunhol. Eh, porque o som do portugues eh mais sensual de noite. E eles adoram escutar e ver o biquinho da boca para falar certas coisas. O reggae tava pronto na praia, a lua ja tava cheia e pra quem deu as caras sozinha, ficou rodeada por quem queria. Abracei todo mundo. Desejei mais areia do que a Augusta. Falei mais sobre kite do que de net. Provei mais uma vez, o que tava guardado e dessa vez, ninguem me tira. O prazo ja existe. Porque isso, se chama amor. O resto eh sobrevivencia. Podem falar, podem anotar, podem ate atirar, o prazo ja existe. Terminar isso daqui sem despedidas, porque odeio me despedir. O coracao aperta, os olhos enchem de lagrimas e ja bate saudade daquilo que nunca tive ate chegar aqui. E doi. Sempre doi, mas o bom eh que depois, sempre passa. Gracias y volveré pronto, te lo juro!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O que aqui eles não entendem

- Nena linda!! fala o cara gato
- Hola!! respondo eu
- Y que buscas por aqui? pergunta ele as 11 da manha em frente a padaria
- Yo? Un gatinho... respondo eu na sinceridade
- Un gatito? o cara gato acredita
- Si! Un gatito! e eu, obvio confirmo
- Y como era ese gatito, que te ayudo a buscar.
- Ahhhh, no lo sé el color, solo sé que es muy lindo, rs. respondo eu com vergonha de dizer que o gatinho era ele mesmo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Futebol x Venezuela

A Venezuela não tem costume da prática de futebol. O esporte mais praticado aqui é baseball, em qualquer terreno vazio por aqui, pode acreditar, tem sempre um time jogando. Faz uns três dias que assisti um discurso do Chaves pela TV, no qual anunciou que para 2014, na copa no Brasil, ele vai fazer de tudo para levar uma seleção venezuelana. O povo aplaudiu. E faz sentido, porque na falta de uma seleção no mundial, eles torceram pela seleção brasileira. E isso, você não vê apenas pelas bandeirinhas do Brasil nos carros, mas pelo que eles falam:

Vendedor de loja
- De onde vocês são?
- Do Brasil!
- Do Brasil? Ai, sinto muito pelo mundial. Torci tanto para Brasil.
- É uma pena mesmo.
- Sabe de quem é a culpa?
- De quem?
- Do Dunga!!! Como ele não levou o Ronaldinho?
- Ele não levou um monte de jogadores!

Garçom
- De onde vocês são?
- Do Brasil!
- Do Brasil? Ai, que pena, torci tanto para vcs.
- É esse ano não deu.
- Mundial que vem vocês ganham, certeza! É só tirar o Kaka!

Taxista
- Brasil?
- Sim!
-Ahhhh o mundial!!!!
- É! Perdemos outra vez!
- E agora vai torcer pra quem?
- Tava torcendo pra Argentina, mas tb perderam, agora to com a Espanha!
- Desculpa, mas o Dunga é muito burro!
- É, eu sei.
- Até entendo ele não levar o Ronaldinho, mas como ele não levou o RONALDO??
- hahaha! Eu terei levado se fosse técnica!
- Pois claro, todos nós. O cara tem mais gols que o Pelé na Copa!
- Pois é. Mas falam que ele é gordo.
- Ele é gordo, mas faz gol. Tenho visto jogos dele no Brasil! Ele faz muito gol.
- Ahhhhhhh, ele joga no meu time!!!
- Corinthians!!!
- Sim!
- Pois, eu vejo os jogos, ele é o melhor jogador do mundo e vai demorar para ter outro igual a ele e o Dunga nem convoca ele?

Vendedor
- Olha eu sinto muito mesmo pelo Brasil. Torci muito p vcs. Vcs tem o melhor futebol do mundo, não tem como perder. O problema é o técnico. Esse é o problema!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

As primeiras impressões de uma Venezuela


Então o barco parou, no meio do mangue, e desligou o motor para admirar o voo das gaivotas e dos pelicanos. Permanecemos ali, parados, olhando para cima, no mínimo uns 10 minutos. Isla de Margarita não tem favela, muito menos gente pedindo dinheiro nos faróis. Pessoas de baixa renda ganham casas prontas do governo. Bem diferente dos cingapuras construídos em São Paulo, Brasil. No aeroporto de Caracas, preste a pegar o avião para Isla, anunciaram que o aeroporto estava fechado. Hugo Chaves estava perto fazendo um discurso. Uns criticam, outros aplaudem. Os venezuelanos são simpáticos e carismáticos. Em tempos de copa, eles torcem pela seleção brasileira. A cada cinco carros que passa pela rua, dois tem a bandeirinha do Brasil. Por las calles, a salsa, o merengue e o reggaeton constroem a trilha sonora da ilha.

El Yaque fica localizado no sudeste da ilha, uma praia lotada de cactos, parece mais um deserto. Um vento forte que leva e traz os kites e os winds. Uma areia fina, macia e clara que na foto fica branca e o mar verde esmaralda. A cor que a máquina não registra. E não há clic que registre a velocidade do voo das gaivotas e dos pelicanos. Olhando assim debaixo, no meio do mangue, a impressão que fica é que eles voam contra o vento e permanecem parados no meio do céu, numa tranqüila, numa vibe, numa boa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Jardim, tulipa e o fogo!

Agora é de verdade, porque vem do fundo do coração. Depois de tanto tempo, resolvi molhar a terra. O meu jardim está pronto outra vez. Por enquanto só com grama e com uma flor linda, uma tulipa branca. De plástico, porém linda. Dessa vez, não construi um muro. Quero assim, tudo livre, sem barreira, sem fronteira. O jardim é nosso, seja bem vindo. E os graffitis?? Onde serão graffitados? Ainda não sei. Só sei que muro não tem.
No dia dos marinheiros eu estava lá, escutando o que eu já sabia. A criança sabe o que diz. Talvez nós é que não sabemos o que dizemos, nós é que não conseguimos mostrar com os olhos os nossos desejos.
opção de escolha.
Por sinal, por quanto você vende seus conselhos? E por quanto você vende seus sonhos?
Por quanto você vende o seu amor?
E por mais que seja arriscado, não fuja do fogo, vá sempre em sua direção, é a única solução para se manter vivo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Essa é pra você!

Sentada na poltrona de leitura ao lado de um abajur, eu ainda espero...

Você.

Para olhar nos meus olhos, encher o pulmão de ar e de coragem, e perguntar se é verdade.

Porque eu sei que quando me olha e conversa comigo, você tem vontade de saber, mas ainda não tem coragem.

De saber que um dia todo mundo é feito de idiota, pelo menos uma vez na vida.

A questão é por quanto tempo você que ser feito de idiota.

Tic. Tac.

A mentira que foge da verdade, enquanto a verdade dorme.

E eu continuo a sua espera, mesmo que seja tarde.

Porque no fim, eu já tinha avisado.

Que ninguém ia gostar do roteiro modificado.

Porque ninguém gosta de ser usado para truques,

Ainda mais, quando os truques são descobertos.

Mas não se esqueça:

A mentira foge da verdade, enquanto a verdade tira um cochilo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O que ela não disse

Na dúvida a gente começa pelo fim.
Era o nosso último dia, exatamente na hora que o sol se pôs. Não existia a possibilidade de mais um A, até porque não existia o motivo de uma comunicação.
Simplesmente porque era o fim.
Os olhares nem se cruzaram pela última vez, até porque não tinha volta e nem sequer despedida.
É doloroso, mas é o jeito.
Porque assim, não haveria a possibilidade de se jogar no abismo, cheio de amor irreal.
Porque tudo é falso, até mesmo essas palavras escritas, que queriam escrever o contrário.
Porque o começo não teve nada disso.
Mas a gente quis começar pelo final.
A escolha errada, que não teve bis.
Porque eu não quis.
Diante da cegueira: o início,
Que espera você escrever...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

D.i.z

Se fosse fácil, ninguém perguntaria por quê?
E diante de tantos por quês, a gente responde só alguns.
Os outros não vem de explicações por palavras e sim por atitudes.
Frase batida nesse blog.
Se Mar.í diz alguma coisa, certeza é que diz para os loucos.
Não sei se procura por um ou por vários.
O tempo acabou.
Não é busca.
Foi só um jogo de xadrez.
Esperei o xeque-mate,
porque eu não queria ganhar o jogo,
mas nem jogo teve.
Arregou, optou pelo gamão.
Pena, tinha lugar no carro.
Mas ainda estamos sem a chave,
porque a chave só virá depois.
No contra-mão do tempo,
descobrimos assim,
em segundos,
que temos o mesmo sonho,
e isso quer dizer,
que estamos mais perto do que podemos acreditar.
Se um dia estive perdida,
posso encher meu peito e dizer que não estou mais.
Porque a alma enriquesse todos os dias,
o coração bate sem culpa
e a mente quando deitada no travesseiro descansa.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Barcelona, outubro de 2008 + São Paulo, maio de 2010 = tempo inexistente

No vácuo desse tempo que não existe, existe saudade. Saudade de dias que andávamos pelas ruas de Barcelona em pleno outono, e você me apresentava a cada amigo seu que esbarrávamos, sempre com palavras doces, dizendo que eu era a sua brasileira. E depois daquele dia, que me levou até a boca do metrô do Passeig de Colom, no qual viajamos sem sair do lugar para o Marrocos e nos deparamos com a pilula vermelha e com a pílula azul, tudo ali fez sentido, apesar de nunca ter te dito isso. Alí, as suas palavras entraram pelos meus ouvidos e ficaram guardadas dentro do meu corpo, como as sua letras de músicas.

Depois, como de costume, me puxou para o Raval, e ficamos ali horas e horas andando pelas ruas, você me traduzia tudo de catalão para o espanhol e eu de português para o catalão. Viramos a esquerda, e você me empurrou para um bar, no qual tinha um borracho falando mal do Zapatero. Sentamos na mesa com ataques de risos, pedimos duas cañas para o garçom, um porro feito na mão. Olhou nos meus olhos e me explicou que as paisagens mudam sim em cada estação, e se elas mudam, por que o homem não mudaria? E foi alí, que mais uma vez, tudo se encaixou em seu devido lugar, mas eu não quis acreditar, quis pagar pra ver e você como sempre, me esperou.

Me esperou até na surpresa do meu aniversário, e eu sem saber, não fui para o Underground. Mudei de planos, e você ali, sentado em frente a barra me esperando. Depois nos encontramos na praça num frio que brindamos com vinho Rioja (o meu favorito). Brindamos a vida, aos planos, a distância que poderia ser rápida ou não. Brindamos ao encontro, ao underground e ao sangue espanhol. Brindamos ao tempo e as mudanças. E finalmente ao MACBA.

Não sei se ainda me espera, porque talvez eu também não te espere. Mas no vácuo do tempo inexistente, existe a saudade de alguém que me tratava como rainha, diferente dos outros loucos que me rodeiam. Se pudéssemos escolher por cinco minutos um lugar e uma pessoa, nesse exato momento, estaríamos no MACBA vendo a vida passar.

terça-feira, 11 de maio de 2010

El Mercadillo Arte invade a Serralheria

Imagine uma variedade de estilos reunidos num mesmo lugar e que a cada mês ocupa um espaço diferente e circula por diferentes pontos da cidade. Acrescente a isso toda a riqueza dos costumes espanhóis mesclados à realidade e o dinamismo da cultura urbana. O El Mercadillo é isso: um ambiente agregador de artistas independentes interagindo com o momento, demonstrando sua arte e capacidade criativa. Uma mistura de tendências, uma feira de rua tipicamente castelhana que chega aos espaços paulistanos. El Mercadillo Arte acontece no sábado, dia 29 de maio, no espaço A Serralheria, na Pompéia.


Além de ser um ambiente criativo, o El Mercadillo é uma ação de comércio coletivo e colaborativo, que permite uma abertura de conhecimento mútuo para novas parcerias, idéias e alianças, visando sempre a ebulição e valorização dos artistas de ateliês. Quem vai ao El Mercadillo tem a oportunidade de entrar em contato com trabalhos originais e exclusivos, feitos por pessoas que apreciam diferentes formas de manifestações artísticas, sejam elas ligadas a moda, gastronomia, arte, música e decoração.

El Mercadillo na Serralheria oferece desfile interativo, projeção de fotografia, performaces, VDJ, DJ, fotógrafo, além de bolsas, roupas, sapatos, customers, acessórios e artigos de decoração. A Serralheria é um espaço voltado ao acontecimento, à criação e aos bons encontros. Buscam a pesquisa e a experimentação em diferentes formas de expressão: música, vídeo, performance, artes gráficas e gastronomia. Depois das 22h, a feira abre espaço para a baladinha comandada pelo DJ da casa.


Participantes

Moda Masculina por Bandu . Moda Feminina por Es.love.nia . Acessorios por Théâtre e por Julia Montanarini . Prata por Plata Wasi del Pachamama . Bolsas por L'estil del Carrer . Arte em vidro por Ventura Design e Julia Violeta . Decoração por MixMosaico . Custumização por Ana Benavente . Gastronomia por Las Flamencuras . Performaces por Miguel Alonso y Ana Cristina MaZargão

SERVIÇO

Local: A Serralheria

Endereço: Rua Guaicurus, 857, Pompéia

Data: 29/05 - sábado

Horário: 16h / 22h baladinha

Preço: R$ 5,00 de entrada

Informações: www.elmercadillosp.blogspot.com

quinta-feira, 6 de maio de 2010

De um lado, ela. E do outro lado, ela.

De um lado, ela, sozinha, estendida novamente no chão. O choro que não cansa de chorar. A paixão que ninguém acredita que ela leva tão a sério. As crenças, o colar, a vela, as promessas. Mais uma vez, não deu. Mais uma vez, ela não quer ouvir, nem ver. Ela só quer que o tempo passe e que um dia, o grito saia do pulmão, passe pelo coração, depois pela garganta e finalmente pela boca. Um amor eterno e difícil de se explicar. Só sabe quem nasceu preto e branco.

Do outro lado, ela, sozinha, com os braços estendidos para o universo. O desejo que não cansa de sonhar. A paixão que ninguém acredita que ela leva tão a sério. Os sonhos, os desejos, a vontade e as metas. Dessa vez, deu. A sorte não bateu em sua porta. Foi tudo conquistado com as mangas arregaçadas. Ela quer mais. Faz planos para uma conquista objetiva: o mundo. Ela só quer que o tempo passe e que um dia, o grito saia do pulmão, passe pelo coração, depois pela garganta e finalmente pela boca. O sabor de saber que não vende mais sua alma e nem fere mais o coração. Só sabe que sonhos existem para se tornarem realidade!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Essa não é pra você!

Lembra daquilo que a gente jurou que nunca mais se lembraria?
Pois eu lembrei.
Você invadiu meu sonho, me levou para onde jamais poderíamos estar.
Acordei.
Tentei esquecer, mas aquilo ficou piscando na minha mente.

Pra que lembrar, se lembrar dói?
Porque as palavras doem e o silêncio também.

Eu sei. Foi melhor assim, não foi?

Aquele dia que te deixei na sala falando sozinho, você sabia e eu também.

E agora vem você assim numa boa??

Eu tô com saudade, sabia?

Saudade das nossas cervejas tomadas em horas erradas, porém nos dias certos.
Saudade de seus abraços e de nossos roles.
Saudade das nossas aulas teóricas e práticas, que quase não foram praticadas.

E de saudade vou vivendo, mesmo sabendo que dela não posso viver.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Se...

Se o mundo parasse agora, eu estaria com menos de 200 reais na minha conta. Com roupas nunca usadas no guarda roupa e com 10 metros de tecidos dobrados sem cortes. Teria algumas cicatrizes no coração, alguns medos não superados e planos ainda não concretizados. Duas calcinhas penduras no varal e um kit kat pela metade.

Teria um livro inacabado, alguns blogs abandonados, algumas fotos não publicadas. Teria um milhão de palavras boiando no estômago, poucas lágrimas nos olhos e sorrisos guardados no peito direito.

Teria ainda algumas desculpas guardadas que por falta de tampo não foram ditas, um desejo - maior que meu próprio corpo - por uma justiça e alguns olhares - daqueles que não precisa dizer nada - para dar.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Virtualmente falando...

Num dia estranho é normal ver um arco-íris às 9 da manhã. Enquanto o sol e a chuva não se decidem, o novo cenário é colocado na sua vida. No fim da rua, a passarela de ferro, que passa por cima do trilho do trem. Numa mistura de sombrio com o abandono, por incrível que pareça, remete a Europa. No final, logo à esquerda, o único bonde que restou de uma cidade que não soube guardar o que tinha de bom.

Entre fábricas e galpões as pessoas se misturam, talvez pelo mesmo objetivo: ser alguém na vida. Sonhos, projetos, crenças. Vale tudo, só não vale dizer que nunca experimentou. Na busca por pessoas antenadas, a minha boca continua aberta. Se o mundo inteiro está na Internet, o que você faz fora dela? Para quem se viciou em perguntar, melhor mesmo é se distanciar, antes que leve uma bela de uma esquerda no rosto. Pior ainda é ter a coragem de perguntar por quê. Sem dúvida, vem seguida de uma direita e de uma esquerda. Como assim você nunca leu um blog? Muitos universitários acreditam que redes sociais são do passado! E quando pergunto o que é o presente, recebo apenas sorrisos acompanhados de não sei. É. O mundo vai girando, a geração crescendo e não sei para onde caminhamos. Acredito ainda, na forma de usar, e que o presente anda sendo alimentado por compartilhamento de conhecimentos, seja ele virtual, seja ele real.

O que diria Pierre Lévy aos universitários?

O contato com pessoas desconhecidas me lembra de uma frase que a Kele de Barcelona me falava: O mundo é uma metade de uma ervilha. Ele é amigo dela, que namora ele, que é primo do amigo dela. Assim, se reunirmos todo mundo numa sala, abraçamos o mundo.

A busca não para. Se algo não está bom, melhor é mudar, ou recomeçar. Na nova virada do ano, levei uma porção de tapas na cara de amigos. Verdade é bom quando é dita olhando no olho. Críticas são quase sempre construtivas, basta você saber dizer, basta você saber entender. Alimente-se de informação, compartilhe conhecimento, busk por isso!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Na espera de um vento!

Então me diz, é destino?
Ou é a força do pensamento?

As ruas de São Paulo voltam a ficar pequenas.
Se vira à esquerda, esbarra em alguém,
se vira à direita tromba com outro alguém.

Quem escolheu?
Quem decidiu?

Sementes plantadas no ano passado, crescem com forças.

Sonho, realidade, e planos.
Se nada der certo, o lugar já está escolhido.
Podem rezar, podem não rezar.
Algo me diz que estou jogada ao vento, esperando o destino me levar.

Quando os dois olhos abertos olham para o teto, só um desejo.
Quando os olhos se fecham, mais de um desejo.
Alguém um dia me disse para se focar em apenas um.
Nunca consegui.
Semprei chorei e sempre desejei mais que um.

Então quer dizer que é verdade?
Silêncio, por favor.
Já é tarde
e você se atrasou.
O coração encontra-se l-a-c-r-a-d-o.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sentada na frente do novo graffiti inacabado dos Gêmeos na parede do MAM: um trilho de trem, que te convida para uma viagem no qual o sonho se derrete em tons de laranja e amarelo, e se mistura com a explosão de vontades e desejos do mundo real, e então, o colorido invade além dos muros. No mundo irreal, as crianças passam, param e reparam. Compram - sem pagar nada - pelos bilhetes da próxima viagem.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Depois do Antes

Já entendi tudo.
Por isso resolvi apagar tudo de minha mente.
Esqueci para nunca mais lembrar.

As folhas do cardeno não existem mais.
Arranquei para nunca mais ler.

O telefone tocou e eu atendi.
A culpa foi só minha.

O telefone tocou e eu não atendi.
A culpa foi só sua.

Esperei para ver,
esperei para sentir,
esperei para esquecer.

Você não tocará a campainha novamente,
porque simplesmente arranquei da entrada.

Nem mais, nem menos.
Explicações não vieram acompanhadas de palavras,
Vieram através de atitudes não tomadas.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Bate Rebate

Do outro lado da estrada, sozinha, pensando no que não se deve pensar, ele chega, sem avisar, sem barulho, sem nada programado. Senta ao meu lado e segura a minha mão, me conforta no seu silêncio interrompido de sua forte respiração. Olha em meus olhos e me convence a deixar aquilo que nem eu mesma acreditava.

Não. Não duvide, não ache, não desconfie. Pergunte. Porque a resposta será sim. As energias curam, equilibram e purificam. A partir daí, não tem mais volta. As energias que se encontram são as mesmas. Não há coincidência. É realidade, destino, vidas passadas, qualquer coisa que você ache melhor acreditar. Energias distintas não se encontram, quando procuram um contato, bate e volta, porque não existe mais conexão. Então venha, porque a sorte virou. Virou para todos, se é que você quer acreditar.

O silêncio,
os corpos afastados,
os olhos se cruzam.

Não há o que dizer,
tudo se encaixa
e quando não encaixa,
é teimosia.

Bate rebate.

terça-feira, 9 de março de 2010

O Sexto Sentido De Novo

Foi ele que me chamou de canto e me avisou baixinho que me apaixonaria por você assim num piscar de olhos. Eu ri. Disse que não seria possível. Que esse ano tudo seria diferente. Não entregaria meu coração assim de bandeja.

Mas aquele olhar no qual você invadiu meu corpo e sugou meu sangue por inteiro, não deixou nenhuma gota, nem um pingo, nem um rastro. Foi naquele dia, que eu fechei os olhos, coloquei a mão no coração e admiti que o sexto sentido avisa sim com antecedência.

Que então, eu poderia me entregar, porque aquilo tudo ali era sincero, era puro, era inocente. Mas o nosso amor era proibido. Carregava o peso de um elefante. Era uma estrada interditada.

Se o sexto sentido me avisa do perigo, digo que existe alguém lá em cima me testando. A história não tem parte II e nem se chamará carpe diem. Que os patos e os canários o digam. Não têm fim, nem ponto final, só reticências.

Sentada no sofá, a fumaça não que sair. As palavras continuam soando em meus ouvidos. A hora errada volta e se transforma na certa. Pode ser daqui 2 dias, daqui 2 meses, daqui 2 anos. Mas ela existe. E isso, eu não preciso te contar, você sabe melhor do que eu.

segunda-feira, 8 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Out

Ahhhh, se o mundo quisesse me ouvir. Ouviria berros mais alto que as cordilheiras espalhadas por ai no planeta Terra, escutaria meu choro de desespero e se pans, se desesperaria comigo. Depois me acolheria ao ouvir meus sussuros e me abraçaria no colo com um cafuné daqueles inesquecíveis.

Jazz.

“Eu não vou mudar, não. Eu vou ficar só, mesmo se for só, não vou ceder”

Eu vou subir, como sempre subi. Vou matar o jardim nada florido e vou plantar outro. Um dia abriram meu chão, o mundo desabou e eu não quis ver, quis não sentir. Ainda não quero. Mas a saudade só aumenta.

Ai vem, uma atrás da outra. Seguida. Derruba. Esfaqueia. Desembrulhei a caixa, recebi o presente mais lindo, mas por ironia do destino tive que devolvê-lo. Ai eu te pergunto: Quer brincar de bem-me-quer e de mal-me-quer, mais uma vez? Sem você responder, eu respondo, agora não.

Então por favor, não toque a campainha e nem bata na janela. “É bom às vezes se perder, sem ter porque, sem ter razão”. Cansei. Fiz minhas malas, eu vou para outro lado da estrada ver se o mundo de lá tá mais suave. E se alguém me procurar, fala que estou fechada pra balanço.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Antes do depois

Depois do tapa, a calma.
Depois da calma, as explicações.
Não óbvias, porém compreensivas.

Onde foi mesmo que tudo parou?
E quando foi mesmo que tudo começou?

O tempo. Só ele é capaz de transformar aquilo que não quero enxergar.

Antes de invadir, delicadamente você tocou a campainha.

Não quero falar o que ainda não aconteceu.
Não quero seu beijo, antes da certeza.
Não quero seu colo, antes que toque a música.
Não quero seu carinho, antes da manhã.

Quero tudo calmo assim como seu som.
Quero seu sorriso nos meus olhos,
Quero suas palavras em meus ouvidos.

Quero gostar para depois chorar,
Quero chorar para depois amar.

Quero que os sonhos virem loucuras,
E quero você voe ao meu lado,
Do sul para o norte,
Do norte para o leste,
Do leste para o oeste,
E do oeste para algum lugar que seja bem longe daqui.

Na tentativa, quatro agulhas quebradas,
Não perfuram o coração e muito menos o couro.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Não há nada pra dizer.
Se ainda as palavras conseguissem descrever algo que passa aqui dentro,
escreveria até dizer chega,
até tudo isso secar,
escreveria até me curarem do meu sono mal sonhado,
mal dormido,
mal acordada.
O bom dia vem como uma dinamite,
explode logo que acorda.
Jurei que pararia.
Por você.
Que deve estar mais feliz do que nós.
Mas ainda é difícil imaginar que ali você não estará.
O que faz sentido mesmo????
Obrigada pelas palavras de dezembro,
eu também te amo, amigo!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

El Jardin

Foi assim. Tirei um por um. Eliminei aqueles que já não tinham mais sentido. Reguei aqueles que tinha dúvida. Alguns floriram, outros não. Colhi as flores do jardim e limpei a sujeira. O jardim está lá, pronto para ser plantado, cultivado e colhido. A chuva não castiga para aqueles que sabem a hora certa de tomá-la. E preocupada com jardim, perdi as contas de quantos dias a chuva me encharcou.

O jardim respirou com o novo muro que construí. Pronto para ser grafitado. Novos sprays, novos grafites. Dessa vez, nenhum invisível.

A sombra fala aquilo que você não quer ser. E às vezes, sem perceber, você se torna a sombra. É uma opção de escolha, como tudo na vida.

Às vezes as escolhas são feitas por você, às vezes não.

A vida sem pedir licença, te dá uns beliscões, e quando mesmo assim, você não acorda, ela delicadamente te dá alguns tapas na cara.

E quando você abre os olhos, ela te sorri.

No jardim, apenas uma flor cresce com resistência aos novos ventos. Ela tem nome, mas isso, eu conto depois.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Ras. tei. ra.

Foi de repente que percebi
um vazio, um vácuo, um vão
entre o pulmão e a garganta.

A dor não pulsa,
É sentida só quando lembrada pela mente.

A saudade – quando não matada - dói,
A lágrima quer escorrer, mas não escorre.
A noia quer se instalar, mas as palavras não deixam.

A luta constante em poucos dias.
Isso que dá entregar o coração assim de bandeja.
E se não for pedir demais,
Devolve ele, por favor?


Mari
10/11/09

sábado, 30 de janeiro de 2010

O relógio marca o tempo que não passa.
Dá saudade do tempo que não foi.
Dúvido.
Se eu contasse, ninguém acreditaria, mas é real.
Às vezes a razão manda no coração.
O fato é querer, e eu não quero.
Não quero, porque a gaveta está aberta, e eu não vou fechá-la.
Dessa vez não.
De fato, aceitei.
A mudança está quase em todos os dias.
Desembulhei a caixa. Encontrei pessoas com sonhos pequenos, porém lindos. A simplicidade ainda existe e torna o mundo um pouco mais agradável. Entrei nos barracos da favela da Espraiada, sentei no sofá da sala, olhei nos olhos que não brilham, fechei os meus para imaginar como deve ser viver sem janela. O ódio passa a ser totalmente comprenssível. Conheci a cabana de perto, cozinhei, tomei banho e brindei. Pura arte vivida e construída.
Numa noite dessas, com pessoas ainda não conhecidas, provei. A lua aparece para aqueles que são persistentes. Diante de uma cortina, a praça, a luz que não ilumina. Difícil explicar.

odanoisnemid

Não poderia descrever o cenário, porque é algo não dimensionado.
Algo que você precisaria abrir as cortinas antes que começasse o espetáculo.
Em que a dúvida e a imaginação se misturassem de forma clara, tranquila e agressiva.

Depois das cortinas, as pessoas. Também não dimensionadas.

O novo que remete ao vivido.
Novas lembranças.

Não se vicie.
Apesar do ar puro entrar no pulmão,
e sair como gás.
carbônico.

Reciclável.
Transformador.

Mas acredite,
te peço pela última vez:
Não se vicie.

Porque o vício vive atrás das cortinas!

Mari 26/01/10

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Remember this:

As pessoas vão lembrar de você pelo final de sua história e não pelo começo.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E ainda dizem que isso é jornalismo!

Eu não faço mais parte e isso me dá um alívio. Pra que um noticiário da TV precisa dedicar 4 blocos com matérias de diversos ângulos sobre o Haiti????? Alguém pode me responder isso? Por que a Veja e a Época dão a mesma capa escrota sobre o terremoto? Uma mão empoeirada pedindo socorro? Um verdadeiro nojo misturado com um sensacionalismo ao cubo. E a população pede mais. Ela quer assistir o socorro da vítima ao vivo, ela quer ficar sentanda no sofá e depois de ver tudo isso, comparar a sua vida e ver que não está tão ruim assim. O editor ganha um grande salário para aceitar uma nojeira dessa. Pode até justificar dizendo que tem filhos para criar, mas que crie vergonha na cara ao menos uma vez. Seria fácil ouvir que é assim mesmo, em qualquer lugar do mundo a imprensa é sensacionalista. Eu discordo. Presenciei uma queda de um avião em Madrid e não chegou a nem um décimo comparado com o Brasil. Ai uns diriam: então por que não volta ao jornalismo e tenta mudar tudo isso? E eu responderia: O jornalismo é que nem política. Meia palavra basta, creio eu. E só consigo sorrir quando lembro que eles já não são mais meus colegas de trabalho. Pode apostar, isso dá um alívio enorme!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

"That's not my name"

Vou tentar. A vontade é só uma. Vomitar tudo aquilo que fermenta meu estomago. Dizer que na mudança achei todas as suas velhas poesias na minha última gaveta. E descobri duas coisas: que um dia você já escreveu poesias bonitas e que aquele seu amigo nunca existiu a não ser na sua própria imaginação. Isso seria engraçado se eu apagasse da minha memória a quantidade de lágrimas que você derramou por ele. Achei que seria mais fácil começar 2010, mas não foi. Diante de tantas desgraças anunciadas na TV, chorei em quase todas. A paciência se mudou de minha mente para um lugar que ainda não descobri qual é, e pior, a tolerância foi junto. Segundos antes de dormir, o chamei na minha cama para trocar uma ideia olho no olho. Adormeci daquele mesmo jeito e no dia seguinte percebi que ele tinha entendido muito bem tudo aquilo que foi conversado. Isso quer dizer que a caixa está novamente em minha frente pronta para ser desembrulhada.

Passei de amarelo, comi lentilha, pulei 7 ondas e pedi muito para não ter mais mudança e comecei o ano mudando. Comecei gargalhando por ouvir histórias do passado e por saber que irrito alguém sem ao menos conhecê-lo. Que doeu quando eu vi. Achei que as cicatrizes não abririam, comprovei mais uma vez, logo no início de 2010, que dói ao apenas ver. Que não quis saber de você, mas foi a primeira coisa que soube. E antes de qualquer coisa, saiba que suas palavras não me machucam. Eu sei que você fez tudo aquilo de propósito, e eu quebrei minhas promessas. Fui atrás. Não de você, mas de suas imagens. Se é amor ou não, foda-se. Não se refere a mim. Aliás, tô pagando para ver amores reais. Porque o que vejo por ai, é tudo amor inventado, daqueles recheados de medo de ficar sozinho. O amor sobe serra? O amor desce serra? Amor de verão dura? Para o amor não existe tempo. E nesses dias vi com os próprios olhos amores de verdade, Silvestri e Alice, Alê e Daniel e os frutos mais lindos recém-nascidos: Anna e Antônio.

E se ainda existe alguma dúvida: “Tire férias de todo esse tempo que passou querendo compreender o sentido das coisas. Elas não têm o menor sentido.”